Globo e VIVA produzem 16 episódios inéditos do humorístico.
A turma mais famosa da tevê brasileira passou de ano com nota 10 em bom humor e volta às telas dando uma aula de irreverência. Sucesso em 2015 com sete programas, a nova versão da “Escolinha do Professor Raimundo”, parceria entre Globo e VIVA, ganha agora 16 episódios inéditos. Sob a direção geral de Cininha de Paula e redação final de Daniel Adjafre e Péricles Barros, os 20 personagens emblemáticos da homenagem e seus novos intérpretes conquistaram o público e prometem mais risadas na segunda temporada. “Sempre tive certeza do sucesso desse projeto porque esse é um programa popular, afetivo. Quem assistiu pela primeira vez adorou e quem já conhecia o programa gostou da homenagem”, diz Cininha.
Bruno Mazzeo (Professor Raimundo) segue no comando da turma composta por Ângelo Antônio (Joselino Barbacena), Betty Gofman (Dona Bela), Dani Calabresa (Catifunda), Ellen Roche (Capitu), Evandro Mesquita (Armando Volta), Fabiana Karla (Cacilda), Fernanda de Freitas (Marina da Glória), Fernanda Souza (Tati), Kiko Mascarenhas (Galeão Cumbica), Lucio Mauro Filho (Aldemar Vigário), Marcelo Adnet (Rolando Lero), Marcius Melhem (Seu Boneco), Marco Ricca (Pedro Pedreira), Marcos Caruso (Seu Peru), Maria Clara Gueiros (Cândida), Mateus Solano (Zé Bonitinho), Otaviano Costa (Ptolomeu), Otávio Müller (Baltazar da Rocha) e Rodrigo Sant’Anna (Batista). “Acho que o elenco estará ainda mais à vontade e descontraído. Os atores estão tomando “posse” dos personagens. Isso é bom para comédia”, aposta Daniel Adjafre. As piadas se mantém fieis às características do programa, mas sempre associadas a temas atuais. “Incorporamos e refletimos no texto questões que estão no dia a dia do brasileiro, como a crise, por exemplo. Abordamos esses temas em tom de brincadeira”, explica Péricles Barros.
O programa estreia dia 12 de setembro no VIVA com 10 edições diárias, de segunda a sexta, às 20h30. A atração completa – com dezesseis programas, dentre eles seis inéditos – irá ao ar em outubro, aos domingos, na Globo.
Perfil dos personagens
Professor Raimundo Nonato (Bruno Mazzeo)
Bruno Mazzeo é Professor Raimundo Nonato, personagem eternizado pela interpretação de seu pai, Chico Anysio. Mesmo frustrado com sua remuneração salarial, o mestre é obstinado pela arte de lecionar. Passa a maior parte do tempo de bom humor, a não ser que os alunos o tirem do sério. Entre seus bordões mais famosos: “E o salário, ó!” e “É vapt-vupt!”.
Aldemar Vigário (Lucio Mauro Filho)
Lucio Mauro Filho é Aldemar Vigário, uma homenagem ao pai, Lucio Mauro, intérprete do personagem. O aluno adora resgatar histórias do passado de Raimundo em Maranguape. Quando ele inicia o discurso “O menininho... cabeçudinho, joelhinho grosso, perninha fina. Quem? Quem? Ele! Raimundo Nonato!", o professor já fica encabulado.
Armando Volta (Evandro Mesquita)
Evandro Mesquita dá vida a Armando Volta, personagem conhecido na pele do humorista David Pinheiro. Puxa-saco assumido, o aluno tenta comprar o professor com presentes. A cada aula, ele bajula Raimundo com um agrado, de olho em uma nota 10 no boletim. Seu bordão “Sambarilove” caiu nas graças do público. Também é de costume declarar esse discurso: “Comigo pau é pau, pedra é pedra. Pode perguntar por que se sei, digo que sei, se não sei digo que não sei.”.
Baltazar da Rocha (Otávio Müller)
Quem não se lembra do Baltazar da Rocha, de Walter D'Ávila? No especial, o personagem é interpretado por Otávio Müller, que homenagea o saudoso humorista. Baltazar cisma em ser culto, e coloca pronomes em suas falas, mesmo quando não fazem sentido. “Sabo-lho” e “falo-lho!” são de costume em suas respostas a Raimundo.
Batista (Rodrigo Sant’Anna)
Raimundo pode ser mimado por vários alunos, mas nenhum supera Batista. Eternizado por Eliezer Motta, o personagem egresso dos programas “Viva o Gordo” e “O Planeta dos Homens” é vivido na homenagem por Rodrigo Sant’Anna. Batista é desajeitado e obcecado pelo mestre. Se dirige a ele como “Fessô”.
Cacilda (Fabiana Karla)
Fabiana Karla também está de volta na segunda temporada. Ela se caracteriza como Dona Cacilda para lembrar uma das personagens de maior sucesso da carreira de Cláudia Jimenez. Cacilda tem a libido à flor da pele e leva tudo no duplo sentido. “Beijinho, beijinho, pau pau!” é um de seus bordões.
Cândida (Maria Clara Gueiros)
Nos novos episódios, Cândida, personagem marcada pela atuação de Stella Freitas, é interpretada por Maria Clara Gueiros. Bem informada e a mais ingênua de toda a classe, é uma das poucas exceções e coleciona notas 10 com suas respostas. Sempre faz comparações entre o Brasil e outros países, mas se arrepende ao citar, involuntariamente, as mazelas do nosso país.
Capitu (Ellen Roche)
Ellen Roche dá vida a Capitu, personagem memorável na pele de Cláudia Mauro. Bonita, um tanto ingênua e pouco inteligente, sempre é escolhida para apagar o quadro-negro, fazendo a alegria de seus colegas de classe, que não tiram o olho de seu rebolado.
Catifunda (Dani Calabresa)
Dona Catifunda e seu inseparável charuto são representados por Dani Calabresa nas novas edições da “Escolinha”. Na versão original, a personagem era interpretada pela atriz Zilda Cardoso. Catifunda tem resposta para tudo e sempre saúda os colegas de classe com a expressão “Saravá!”.
Dona Bela (Betty Gofman)
Betty Gofman já foi Zezé Macedo no teatro, no espetáculo “A Vingança do Espelho”. No humorístico, a atriz dá vida à personagem eternizada por Zezé: Dona Bela. Ela é uma moça comportada e entende tudo no duplo sentido. Para desviar de assuntos que considera “desaforados”, tem uma resposta na ponta da língua: “Só pensa naquilo...”.
Galeão Cumbica (Kiko Mascarenhas)
Kiko Mascarenhas assume o papel de Galeão Cumbica, que foi vivido pelo saudoso Rony Cócegas durante anos. Piloto, vidrado por aviação e aeroportos, tem os cabelos nos moldes das asas de uma aeronave e carrega uma miniatura de avião de um lado para o outro. Ao ser chamado pelo professor, atende com expressões como: “No aaaar!” e “Atenção passageiros com destino a..., se piqueee!”. Ao errar os questionamentos de Raimundo, lamenta: “Aí eu choro: au-auuuu!”.
Joselino Barbacena (Ângelo Antônio)
Cabe a Ângelo Antônio interpretar Joselino Barbacena, marcante na carreira do humorista Antônio Carlos. Assim como o personagem, Ângelo é mineiro. Nascido em Barbacena, Joselino sempre resgata histórias mirabolantes da cidade-natal. Um dos seus maiores pânicos é ser chamado por Raimundo, de quem tenta fugir a aula inteira. Para confundir o mestre, dispara, ao ser anunciado: “Joselino não está”. O caipira também sempre repete “Ai, meu Jesus Cristinho, já me descobriu eu aqui de novo! Será impossíverrr? Larga d’eu, sô!”.
Marina da Glória (Fernanda de Freitas)
Fernanda de Freitas assume o lugar de Tássia Camargo, que caiu nas graças do público com a repercussão da personagem Marina da Glória. Protegida pelo professor, atende sempre com a famosa frase: “Chamou, chamou?”.
Pedro Pedreira (Marco Ricca)
Marco Ricca é Pedro Pedreira, o aluno que contesta tudo o que Raimundo fala com a frase “Há controvérsias!”. Por ele, sempre há uma explicação diferente, além de exigir provas para os fatos históricos. O advogado resmungão ficou famoso com a interpretação do ator Francisco Milani. “Então, não me venha com chorumelas!” é mais um bordão do personagem.
Ptolomeu (Otaviano Costa)
Otaviano Costa vive Ptolomeu, um nerd assumido, que sempre corrige seus colegas. Na versão original, o personagem era interpretado por Nizo Neto, um dos filhos de Chico Anysio. Em cena, quando Ptolomeu era elogiado pelo professor, Chico costumava brincar: “Queria ter um filho assim!”.
Rolando Lero (Marcelo Adnet)
Marcelo Adnet é Rolando Lero, um dos alunos mais carismáticos da “Escolinha”. Eternizado por Rogério Cardoso, o personagem é trapalhão e avoado, e sempre tenta arrancar dicas do professor para responder às perguntas. Quando é questionado sobre personalidades já falecidas, Rolando não aguenta, cai no choro. Dirige-se a Raimundo como guru. Quando consegue se encontrar em seus pensamentos, diz: “Captei! Captei vossa mensagem, amado mestre!”.
Seu Boneco (Marcius Melhem)
Marcius Melhem é Seu Boneco, interpretado por Lug de Paula, filho de Chico, na versão original. Natural de Duque de Caxias, o aluno é todo desengonçado e não para de pensar em comida. As falas mais recorrentes de Seu Boneco são: “Aí eu vou pra galera!, e “Ligadão nas quebradas, chefia, mas que hora (sic) é a merenda?”.
Seu Peru (Marcos Caruso)
Marcos Caruso é Seu Peru, afetadíssimo personagem vivido por anos por Orlando Drummond. Lenços e echarpes compõem seu visual extravagante da cabeça aos pés. Assumidamente homossexual, Seu Peru insiste em conquistar Raimundo, a quem se refere como teacher. Entre seus irreverentes bordões: “Use-me e abuse-me” e “Peru é cultura, cheio de ternura!”. Quando a irritação toma conta do personagem, não demora para ele esbravejar: “Estou porrr aqui!”.
Tati (Fernanda Souza)
Fernanda Souza vive a “aborrecente” Tati nos novos episódios da “Escolinha”. Famosa pela interpretação de Heloísa Périssé, a personagem é uma típica adolescente que enfrenta as diversas crises de sua faixa etária. Ela discorre sobre fatos e personagens históricos usando, como linguagem, muitas gírias e expressões típicas da idade, mas, ao seu modo, sempre acertando a resposta. “Fala sério” e “Tipo assim” são algumas das frases do dialeto caricata de Tati.
Zé Bonitinho (Mateus Solano)
Mateus Solano é o irreverente Zé Bonitinho de Jorge Loredo. Mesmo vestindo roupas estranhas e usando adereços extravagantes, o personagem é o típico estereótipo do conquistador de mulheres. Entre uma cantada e outra, ele solta pérolas como: “Aqui é Zé Bonitinho, o perigote das mulheres", "Hello mulheres do meu Brasil varonil", "Câmera, close! Microfone,please! Vou dar a vocês agora um tostão da minha voz!", "O chato não é ser bonito, o chato é ser gostoso", “Não posso agradar todas as mulheres, mas vou dar uma chance a você hoje!”.