Liberdade Liberdade: Diretor quer Caio Blat e Ricardo Pereira em cena de sexo

“Vou conversar com a direção da casa”, diz Vinícius Coimbra

Publicidade

Ricardo Pereira em cena de Liberdade. Foto: Divulgação

Recentemente, uma cena em que Tolentino (Ricardo Pereira) admira André (Caio Blat) na cama chamou atenção dos telespectadores de Liberdade Liberdade. "Acompanhei no Twitter e vi que o público está muito envolvido com a história dos dois. Estendi o tempo da cena. Quis que eles entrassem na pele do Ricardo, que sentissem o mesmo. Sugeri que ele fosse desnudando o peito do Caio. Queria que as pessoas pensassem: 'Será que ele vai tocar?'. Foi uma cena longa, sem nenhuma fala, mas as pessoas se envolveram", disse Vinícius Coimbra, diretor artístico da novela.

E Vinícius quer ir mais longe na relação entre o capitão e o fidalgo. "A homossexualidade nas novelas é sempre levada para o lado do afeto, não da atração sexual. Acho que, por ser uma novela das 23h, essa relação passa por uma coisa carnal. Junto com afeto tem um tesão físico", analisou Vinícius, que ainda não sabe os desdobramentos que o autor Mário Teixeira pretende dar à trama. "Eu tinha vontade de fazer isso, vai depender do que o texto possa sugerir. Como é um tema polêmico, vou conversar com a direção da casa. O que eles defendem é que, se aquela relação for bem construída, vai ser aceita. Nosso histórico mostra isso. Se o público não está preparado, não aceita. Teve a rejeição no início de Babilônia, era o primeiro capítulo, a gente ainda não conhecia aqueles personagens. Foi uma rejeição natural. O Félix (de Amor à Vida) foi sendo construído, todo mundo torcia pelo beijo. Não dá para generalizar. Vamos ver a cena que vem. Acho que essa é uma das tramas mais bem construídas da novela, colocada tijolinho por tijolinho", afirma o diretor, em entrevista à Giselle de Almeida (UOL).

Foto: Divulgação/Globo

Mateus Solano, que interpreta o vilão de Liberdade Liberdade, comentou a sua bem-sucedida experiência na novela de Walcyr Carrasco. "Quando fiz o Félix, a Globo botou o beijo porque percebeu que não perderia audiência. O que eu acho muito legal, e disse isso para o Ricardo Pereira, é que ele pode fazer a primeira bicha sem pinta da TV. Isso é muito importante, porque o gay é sempre pelo lado da comédia, afetado. Esse é um lugar mais Brokeback Mountain (filme de 2005, estrelado por Heath Ledger e Jake Gyllenhaal), dois machos se pegando. É uma oportunidade muito bonita, que eu até queria ter tido com o Félix, mas salgando a santa ceia não dava", brinca o ator.

Liberdade Liberdade tem previsão de chegar ao fim no início de agosto. 

Comentários (6) Postar Comentário

Filipe
Filipe comentou:

"Acho que, por ser uma novela das 23h, essa relação passa por uma coisa carnal(...)" apesar de, na verdade, o Ministério Público não fazer diferenciação entre "beijo gay" e "beijo hetero", entre "sexo gay" e "sexo hetero", não determinando classificação indicativa mais alta para beijo e sexo gay do que para beijo e sexo hetero...
Sobre a cena em questão, foi linda e delicada...mas quero mais!

Marleide Santos
Marleide Santos comentou:

LPÉ uma novela muito boa não precisa mostrar oque não interessa todo mundo já sabe eles são grandes atores
Parabéns pelo trabalho

Filipe
Filipe respondeu:

"não precisa mostrar oque não interessa todo mundo já sabe" Isso vale para os casais heteros, né? ^^

Elizabeth
Elizabeth comentou:

Qual a necessidade disso?

Filipe
Filipe respondeu:

A mesma necessidade que há de mostrar beijo e sexo hetero.

Vitor Silva
Vitor Silva comentou:

Duvido que essa cena seja levada ao ar , mesmo sendo depois das onze, o beijo gay já é motivo de ódio , agora uma cena de sexo gay é capaz de pedirem pra cortar o sinal da globo , e depois um grupo de malucos agredirem os atores , nesse país nada de ruim me surpreende

juliana
juliana comentou:

Isso mesmo, quanto mais forçam a barra, mais as pessoas ficam com nojo e intolerantes. Um dia alguém com o mínimo de inteligência na Globo (porque é só a Globo que faz isso), vai se dar conta de que isso sim é um estupro com o telespectador.

Camila
Camila comentou:

Infelizmente o preconceito existe! Eu acho que tem que ter sexo sim. Assim como existe sexo hetero, porque não gay? Tá na hora das pessoas enxergarem que isso é normal, desde o império romano a homossexualidade existe, aliás, desde os primórdios da humanidade. O discurso do ódio só mostra o quanto a sociedade só regride.