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Liberdade Liberdade: Diretor quer Caio Blat e Ricardo Pereira em cena de sexo

“Vou conversar com a direção da casa”, diz Vinícius Coimbra

por Sergio Gustavo, em 01/06/2016

Ricardo Pereira em cena de Liberdade. Foto: Divulgação

Recentemente, uma cena em que Tolentino (Ricardo Pereira) admira André (Caio Blat) na cama chamou atenção dos telespectadores de Liberdade Liberdade. "Acompanhei no Twitter e vi que o público está muito envolvido com a história dos dois. Estendi o tempo da cena. Quis que eles entrassem na pele do Ricardo, que sentissem o mesmo. Sugeri que ele fosse desnudando o peito do Caio. Queria que as pessoas pensassem: 'Será que ele vai tocar?'. Foi uma cena longa, sem nenhuma fala, mas as pessoas se envolveram", disse Vinícius Coimbra, diretor artístico da novela.

E Vinícius quer ir mais longe na relação entre o capitão e o fidalgo. "A homossexualidade nas novelas é sempre levada para o lado do afeto, não da atração sexual. Acho que, por ser uma novela das 23h, essa relação passa por uma coisa carnal. Junto com afeto tem um tesão físico", analisou Vinícius, que ainda não sabe os desdobramentos que o autor Mário Teixeira pretende dar à trama. "Eu tinha vontade de fazer isso, vai depender do que o texto possa sugerir. Como é um tema polêmico, vou conversar com a direção da casa. O que eles defendem é que, se aquela relação for bem construída, vai ser aceita. Nosso histórico mostra isso. Se o público não está preparado, não aceita. Teve a rejeição no início de Babilônia, era o primeiro capítulo, a gente ainda não conhecia aqueles personagens. Foi uma rejeição natural. O Félix (de Amor à Vida) foi sendo construído, todo mundo torcia pelo beijo. Não dá para generalizar. Vamos ver a cena que vem. Acho que essa é uma das tramas mais bem construídas da novela, colocada tijolinho por tijolinho", afirma o diretor, em entrevista à Giselle de Almeida (UOL).

Foto: Divulgação/Globo

Mateus Solano, que interpreta o vilão de Liberdade Liberdade, comentou a sua bem-sucedida experiência na novela de Walcyr Carrasco. "Quando fiz o Félix, a Globo botou o beijo porque percebeu que não perderia audiência. O que eu acho muito legal, e disse isso para o Ricardo Pereira, é que ele pode fazer a primeira bicha sem pinta da TV. Isso é muito importante, porque o gay é sempre pelo lado da comédia, afetado. Esse é um lugar mais Brokeback Mountain (filme de 2005, estrelado por Heath Ledger e Jake Gyllenhaal), dois machos se pegando. É uma oportunidade muito bonita, que eu até queria ter tido com o Félix, mas salgando a santa ceia não dava", brinca o ator.

Liberdade Liberdade tem previsão de chegar ao fim no início de agosto. 


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