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Justiça - O que é justo para você?

Saiba mais sobre a minissérie da Globo.

por Redação, em 20/06/2016

Foto: Divulgação/Globo

Nesta semana os Estúdios Globo acenderam seus holofotes para o início das gravações de Justiça, no Rio de Janeiro. Mas a minissérie começou a tomar forma no começo de maio, em Recife, cidade que ambienta a trama. As primeiras cenas foram rodadas na capital pernambucana, sob a direção artística de José Luiz Villamarim. Cauã Reymond, Adriana Esteves, Deborah Bloch, Enrique Diaz, Vladimir Brichta, Luisa Arraes, Jesuíta Barbosa e Jéssica Ellen são alguns dos atores que viajaram para o Nordeste.

As gravações aconteceram em diversos pontos da cidade, como a praia de Boa Viagem, o mercado São José e o bairro de Brasília Teimosa. Jesuíta, que vive Vicente, foi o primeiro ator a entrar no set, um apartamento do colossal edifício Holiday, arquitetura conhecida na cidade. O cenário – da mobília aos utensílios – foi intocado, para se tornar um espelho da realidade. Essa estética, que joga luz na crueza do que é real, verdadeiro, foi o caminho que José Luiz Villamarim escolheu para contar a história, que traz a assinatura de Manuela Dias. Para isso, Fabio Rangel e Moa Bastsow, que assinam a cenografia e a produção de arte, respectivamente, realizaram uma extensa pesquisa de campo e visitaram uma lista enorme de endereços compatíveis com os perfis dos personagens. E esse processo se aplica a todas as áreas de produção: dos cenários até a pouca ou mesmo ausência de maquiagem dos atores, passando por um figurino simples, desprendido de glamour.   

Apesar de ter viajado com cinco caminhões abastecidos com equipamentos e material de produção, os profissionais da minissérie adquiriram muita coisa em Recife, como artesanato em cerâmica para compor os cenários que estão sendo feitos no estúdio e figurino, especialmente o de Fátima (Adriana Esteves). 

A trama

Beatriz (Marjorie Estiano). Foto: Globo / Estevam Avellar

Em uma situação limite, o reprovável pode ser justificado? Seria justo matar para salvar seu amor? E desejar a morte do assassino do seu filho? Deixar que outra pessoa pague por um erro que é seu também tem justificativa? E querer se vingar de quem destruiu sua vida e de sua família? É possível – e bem provável – que as opiniões se dividam. 'Justiça' é um convite para uma reflexão sobre questões humanas que envolvem valores morais, a partir de um olhar para quatro histórias – independentes mas interligadas. No compasso de uma ciranda, as tramas se intercalam e o público vai desvendando os fatos para montar um inquietante quebra-cabeça.

“'Justiça' não trata de leis ou processos jurídicos, mas sim do conceito de justo sob o ponto de vista ético e moral. Perdão e arrependimento são temas satélites dessa discussão, assim como a vingança. Justiça e vingança são conceitos que se misturam o tempo todo, a depender do ponto de vista que olhamos para a questão”, conceitua a autora, Manuela Dias. “Ninguém determina o destino de outra pessoa, a não ser ela mesma". Sendo assim, 'Justiça' aposta em uma trajetória que arrebata seus personagens, forçando-os a se expor. E sem pudores para revelar seus sentimentos, suas atitudes e seus pensamentos mais íntimos e primitivos.

Na obra, o formato e a história estão intrinsicamente ligados. A minissérie vai ao ar de segunda a sexta, com exceção de quarta-feira. Em cada dia da semana, uma história será contada. Todas as segundas, as pessoas acompanharão especialmente uma trama, às terças será a vez de um outro núcleo, e o mesmo para as quintas e sextas. Mas todas se cruzam e o público será um detetive, que vai desvendando e juntando as peças. "Temos quatro tramas muito fortes. O que mais me atrai é a possibilidade de realizar um trabalho brasileiríssimo, com aspectos dramáticos profundos, que podem me permitir realizar grandes cenas. Tudo o que acontece com os nossos personagens é muito intenso e demasiadamente humano. Isso é fascinante em ‘Justiça’”, descreve José Luiz Villamarim.
 
Além dos personagens viverem na mesma cidade, Recife, as histórias têm outra coisa em comum: quatro crimes ocorridos há sete anos. Crimes que mandaram para a cadeia seus culpados, inclusive aqueles que foram erroneamente condenados. A minissérie mostra a vida dessas pessoas a partir do momento em que conquistam a liberdade, quando já pagaram pelos crimes que os colocaram atrás das grades. 

Com estreia prevista para agosto, Justiça é uma minissérie de 20 capítulos escrita por Manuela Dias, com a colaboração de Mariana Mesquita, Lucas Paraizo e Roberto Vitorino. A direção artística é de José Luiz Villamarim, e a direção é de Luisa Lima, Walter Carvalho e Isabella Teixeira.


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