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Elenco, autor e diretor explicam a história central de "Fuzuê"

Nova novela das 7 estreia na próxima segunda, dia 14/8.

por Redação, em 12/08/2023

Agora falta bem pouquinho para a estreia de "Fuzuê", a nova novela das 7. Enquanto aguardamos pelo primeiro capítulo na próxima segunda, dia 14, o autor Gustavo Reiz, o diretor artístico Fabrício Mamberti e parte do elenco adiantam um pouquinho desta história. Assista ao vídeo!

“A história começa com um lendário tesouro que estaria escondido debaixo de uma loja no centro da cidade”, explica Gustavo.

"A loja Fuzuê é o coração da novela, tudo parte daqui” conta diretor Fabrício Mamberti.

Uma vilã para Marina chamar de sua:  "A Preciosa é uma mulher de muita personalidade. Ela é uma mulher mimada, ela está acostumada a ter tudo o que ela quer. E esta história do tesouro que o pai dela teria encontrado vira a salvação na cabeça da Preciosa.”, diz Marina Ruy Barbosa.

"A Luna é uma mulher batalhadora, firme, quando põe alguma coisa na cabeça é difícil alguém tirar. A história já começa com a Luna há um ano procurando a mãe que desapareceu supostamente na loja da Fuzuê.”, explica Giovana Cordeiro - que defenderá a mocinha da história.

Entrevista com o autor

Gustavo Reiz é ator, autor de novelas e escritor. Nascido em 1981, começou sua carreira ainda na adolescência, escrevendo peças de teatro. Entre elas, a comédia juvenil ‘Confidências e Confusões Masculinas’ e ‘VIP – Verdades Inquietantes de uma Profissão’. Na TV, seu primeiro trabalho foi como roteirista da adaptação de ‘Os Ricos Também Choram’ (2005), exibida pelo SBT. Em seguida, já na Record, foi colaborador em ‘Luz do Sol’ (2007) e assinou seu primeiro trabalho como autor, a minissérie ‘Sansão e Dalila’ (2011). Ainda na emissora, escreveu ‘Escrava Mãe’ (2016), ‘Dona Xepa’ (2013) e ‘Belaventura’ (2017), além do seriado ‘Fora de Controle’ (2015). Como escritor, é autor de cinco livros juvenis. Na TV Globo, Gustavo assina a autoria de ‘Fuzuê’ (2023), sua primeira novela na emissora.    

Como surgiu a história de 'Fuzuê'?   

Surgiu da vontade de escrever uma novela divertida e que trouxesse algo curioso ao público, mas que também resgatasse um pouco do clima dos folhetins mais antigos. Novelas de Cassiano Gabus Mendes e Silvio de Abreu, por exemplo, mesclavam sempre muita comédia com mistério, o que me agradava muito como telespectador. Sou historiador por formação, sempre parto de pesquisas para escrever uma novela. E pesquisando sobre o centro do Rio, que é um lugar muito rico culturalmente, berço da boemia carioca, fiquei fascinado por histórias que envolviam, inclusive, tesouros escondidos, passagens subterrâneas, objetos antigos que teriam sido encontrados em escavações. Passado e presente se encontram de uma forma muito curiosa. Por que não pensar que teria um tesouro escondido ali até os dias atuais? E que ele estaria escondido debaixo de uma loja popular, tipo um mercadão, por onde passam muitas pessoas diariamente? Assim surgiu a Fuzuê do Nero, uma loja fundada por um ex feirante, orgulhoso de suas raízes, que jamais a derrubaria e que vai defendê-la a todo custo da ganância dos vilões. Esse foi o ponto de partida da história.      

Fuzuê é definida como uma comédia romântica, que vai tratar sobre diferentes relações sociais e familiares e os anseios de personagens que vivem numa sociedade de contrastes. Fale um pouco sobre o conceito da novela e de que forma vai apresentar essas relações na história da trama.   

 A novela fala sobre buscas; pela verdade, pela essência, pela riqueza, pela felicidade, pelos objetivos que podem ser considerados um tesouro. A relação entre Luna (Giovana Cordeiro) e Preciosa (Marina Ruy Barbosa), que são duas mulheres que vivem em realidades opostas (e que desconhecem que são irmãs), é o principal condutor da nossa trama. A primeira mora num bairro popular, tem muitos amigos, transforma o que seria lixo em arte (produzindo biojoias), e possui uma visão otimista da vida, apesar de enfrentar várias dificuldades no dia a dia. Já Preciosa Montebello foi criada em berço de ouro, é uma mulher detentora de um grande poder, mas é extremamente solitária, gananciosa, com uma visão egoísta da vida - mas que ganha destaque por pregar o altruísmo e a positividade. O contraste entre esses dois universos, chocando o que é genuíno e o que é fake ou frágil, está presente o tempo todo na novela.   

Um dos principais núcleos da trama se passa no Bairro de Fátima, um dos locais mais boêmios e tradicionais do Rio. O que levou à essa escolha?   

O Bairro de Fátima é um lugar muito residencial, onde as relações familiares e sociais são mais próximas, menos impessoais. A gente usou esses elementos como referência para fazer o nosso próprio Bairro de Fátima, que, particularmente, acho que combina muito bem com os personagens da história. Sem contar que ele tem um charme próprio por ter tido alguns moradores ilustres, como Carmen Miranda e Grande Otelo, personagens que têm tudo a ver com o clima da novela.    

Como você definiria 'Fuzuê'?    

'Fuzuê' é uma novela leve, divertida, com boas doses de mistério e muito romance. É uma comédia para toda família, que convida o público a entrar nessa caça ao tesouro, ao mesmo tempo em que o faz pensar sobre o que seria verdadeiramente algo valioso a buscar. Para nossa protagonista, a Luna, o tesouro dela é a mãe, que está desaparecida há um ano. Para a Preciosa Montebello, nossa antagonista, além de tomar posse do valor material, ela busca, acima de tudo, honrar o legado do pai, que descobriu aquela informação valiosa. Cada personagem tem sua busca, sua missão. É uma novela, acima de tudo, sobre a busca de objetivos pessoais, pelas verdades e realizações de personagens muito variados.   

Um dos principais núcleos de 'Fuzuê' é a família Braga e Silva. A escolha desses sobrenomes tem alguma relação com dois outros grandes autores?  

Sim, é uma singela homenagem a Gilberto Braga e Aguinaldo Silva, dois grandes autores pelos quais tenho muita admiração. As obras de Silvio de Abreu também ganham referências na trama, em algumas falas. Sou um novelista-noveleiro. 'Fuzuê' vem com muitas referências à história da teledramaturgia, não só com personagens e tramas, mas também com essas pequenas homenagens. Temos, por exemplo, um personagem interpretado pelo Clayton Nascimento, que é o Caíto, um ator que interpreta as ‘drag sisters’ Ruth e Raquel e usa muitos bordões de produções antigas, por ser um noveleiro assumido. Como telespectador, eu ficaria ansioso para fisgar cada uma das referências. É minha homenagem também aos noveleiros de plantão.      

Luna, personagem vivida pela Giovana, é mulher consciente e engajada com as questões socioambientais. Esse será um tema que vai chamar atenção na novela? De que forma você pretende abordar esses assuntos?    

É um assunto que será tratado de forma totalmente orgânica, por fazer parte da vida de nossa protagonista. Luna é uma mulher trabalhadora, consciente, que se preocupa com o meio-ambiente e transforma o que seria lixo em arte, estendendo essa prática também na ONG onde trabalha. Na minha opinião, mais eficaz do que qualquer discurso é ver essas práticas de valorização do ambiente serem utilizadas no dia a dia da personagem. Muitos outros temas relevantes também serão abordados de forma orgânica na novela, como críticas sociais, diversidade, etarismo, exposição nas redes sociais, alienação parental, entre tantos outros, sempre abordados de forma cuidadosa e leve, para não "chatear o telespectador", como diria Cassiano Gabus Mendes.      

Como está sendo trabalhar na sua primeira novela para a TV Globo?    

Primeiro, tem sido uma jornada longa e incrível. Uma jornada de muita produtividade, muito aprendizado e realização. Cresci vendo novela e trabalhar na emissora que te formou como telespectador é especial, é gratificante. Apesar de completar 18 anos de carreira este ano e ter passado por muitas experiências, é emocionante chegar num lugar onde a magia ganha forma, um lugar de excelência, onde habitam todas as referências que fazem parte da minha formação como autor. Saber que a minha novela entra nessa galeria tão vitoriosa é uma realização sem tamanho. Uma emoção digna de capítulos especiais.   

Apesar de a história de Fuzuê estar pronta desde 2019, o seu lançamento teve de ser adiado por conta da pandemia. Como foi esse processo? Você sentiu a necessidade de mudar algumas histórias ou personagens?    

Considero 'Fuzuê' um projeto de muita força. Vem de 2019, atravessa uma pandemia, acompanha mudanças na sociedade em geral. Então, naturalmente, muitas tramas e personagens foram revistos. É uma novela pensada para o público, para divertir, entreter e emocionar. Uma novela para quem gosta de novela. Então, ter essa possibilidade de revisitar personagens e histórias enquanto esse processo acontece foi muito importante. Não é sempre que temos essa possibilidade. Estou tendo a chance de curtir cada momento dessa engrenagem, ver cada pecinha se encaixar e participar de cada escolha com o Fabrício Mamberti (diretor artístico), que é um grande parceiro. É uma novela que já nasce muito especial.       

E qual a sua expectativa para a novela?    

A melhor possível! Quero que 'Fuzuê' seja sempre uma boa companhia para quem está assistindo. Além de ter personagens carismáticos e tramas de apelo popular, é uma novela que resgata muito daquele folhetim clássico, dos romances arrebatadores, dos triângulos amorosos, das vilãs icônicas, das rivalidades de bairro, das disputas e confusões entre personagens, dos ganchos e surpresas, mas sempre com o viés cômico, romântico, sem temas mais densos. Espero que o público se identifique, se divirta e torça pelos personagens.     

‘Fuzuê’ é criada e escrita por Gustavo Reiz, com direção artística de Fabricio Mamberti. é escrita com colaboração de João Brandão, Juliana Peres e Michel Carvalho, e tem direção geral de Adriano Melo e direção de Bernardo Sá, Nathalia Ribas e Glenda Nicácio. A produção é de Gustavo Rebelo e direção de gênero de José Luiz Villamarim.   


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