“Eu pressenti que neles estava o futuro da tevê – o que se confirmou”, disse o autor.
Depois de vazada a notícia de que Aguinaldo Silva vai liderar os trabalhos para criação de séries e minisséries na sua Casa de Artes, o autor resolveu falar mais sobre o projeto em seu portal AS Digital. “Desde o ano de 1999, e a partir de Os Sopranos, os seriados mudaram minha vida profissional. Eu pressenti que neles estava o futuro da tevê – o que se confirmou – e, na impossibilidade de escrevê-los, passei a usar, de modo cada vez mais criativo, elementos deles nas minhas novelas”, escreveu Aguinaldo, que também lembrou que é autor do “primeiro dos seriados brasileiros com cara de seriado”, o Plantão de Polícia, de 1979.
Na sequencia do texto, o dramaturgo deu detalhes do projeto que ele chama de ‘fábrica de seriados’. “Para começar, vou reunir quatro grupos de cinco roteiristas e a cada um deles dar a ideia de um seriado, que será trabalhada nos mínimos detalhes, até que se tenha, de cada uma, o que os americanos chamam de o book: o Livro no qual a ideia do seriado é esmiuçada nos mínimos detalhes e do qual constam até as sinopses de todos os episódios, além do piloto já escrito”, explicou Aguinaldo.
Os roteiristas escolhidos fizeram parte das três edições da Master Class comandada pelo autor de Senhora do Destino e outros sucessos. “Estes trabalhos serão feitos sob minha supervisão, mas minha assinatura não constará de nenhum deles. A Casa é quem os patrocinará. E a ela caberá oferecê-los ao mercado, que, se comprar um deles, terá que contratar os criadores originais para levá-lo a cabo”, esclareceu Aguinaldo.
Sobre a expectativa com o projeto, Aguinaldo usou de sua famosa imodéstia declarada: “Mas, sabem o que eu acho? Já não falo nem da tevê convencional, que esta já tem seus próprios criadores. Mas, do jeito como o mercado alternativo – toda a televisão a cabo – está precisando de novos e bons produtos, duvido que alguém rejeite algum que tenha saído dos fornos da Fábrica lá da Casa Aguinaldo Silva de Artes”.