Confira o ranking de audiências das novelas reapresentadas na faixa das 14h45.
A reprise de Cabocla (2004), que está sendo exibida na faixa "Edição Especial" da Globo desde 26 de agosto, ainda não conseguiu melhorar os índices de audiência da emissora no início da tarde. Em suas primeiras cinco semanas no ar, a novela registrou uma média de 10,3 pontos na Grande São Paulo, de acordo com o Kantar Ibope. Esses números estão próximos ao fraco desempenho de sua antecessora, Cheias de Charme (2012), que alcançou 10,9 pontos no mesmo período.
Comparada a outras reprises do horário, Cabocla está abaixo de sucessos como O Cravo e a Rosa (2000), Chocolate com Pimenta (2003), e Mulheres de Areia (1993), que registraram médias de 11,6, 12,7, e 11,8 pontos, respectivamente, em suas cinco primeiras semanas.
Desde a exibição de Cheias de Charme, a "Edição Especial" também passou a ser exibida aos sábados, o que impacta a média geral das novelas, já que o público costuma ser menor nesse dia. Além disso, os capítulos de Cabocla estão mais curtos, frequentemente com menos de 30 minutos de duração, o que pode estar influenciando os números.
Abaixo está o comparativo de audiência nas cinco primeiras semanas e a média geral das novelas da "Edição Especial":
Audiência nas cinco primeiras semanas:
Média geral de audiência:
Saiba mais sobre a sinopse de Cabocla
Inspirada no romance de Ribeiro Couto, a trama é ambientada no município rural de Vila da Mata, em 1918, e gira em torno da disputa por terras entre dois coronéis – Boanerges (Tony Ramos) e Justino (Mauro Mendonça) – e do amor entre a cabocla Zuca (Vanessa Giácomo) e o jovem advogado Luís Jerônimo (Daniel de Oliveira). Descrita por sua própria mãe, Bina (Jussara Freire), como um bicho do mato, Zuca, noiva do destemido peão Tobias (Malvino Salvador), é o retrato da sensualidade inocente. Luís Jerônimo (Daniel de Oliveira), por sua vez, é o típico doidivanas. Filho de pai rico – Joaquim (Reginaldo Faria), exportador de açúcar no Rio de Janeiro –, Luís jogou fora o seu diploma de advogado e caiu na vida das noites cariocas. Vivendo de forma inconsequente e dividindo-se entre muitas mulheres, Luís Jerônimo recebe do doutor Edmundo (Othon Bastos) a notícia de que está com tuberculose. Aconselhado pelo médico e forçado por seu pai, ele embarca para a tranquila Vila da Mata, para se tratar. Logo que chega de trem à cidade de Pau d’Alho (última parada antes de Vila da Mata), ele se hospeda no hotel de Zé da Estação (Otávio Augusto) para esperar o primo, o coronel Boanerges, que vai levá-lo para sua fazenda em Vila da Mata. Basta uma noite no hotel para Luís se encantar por Zuca, a filha de Zé, e mudar radicalmente seu comportamento. Zuca também se apaixona pelo rapaz, desiste do casamento com Tobias e enfrenta tudo e todos por seu amor. Os dois ficam juntos no final.
Uma das tramas centrais da novela trata da rivalidade entre os dois chefes políticos da região de Vila da Mata, os coronéis Boanerges e Justino. A disputa entre os dois pelo poder da cidade é clara, bem como a impossibilidade de entendimento. O tom político é uma marca forte na trama, que também enfatiza a questão agrária. Logo nas primeiras cenas, o vigário (John Herbert), de olho em dinheiro para sua igreja, comanda uma aposta de corrida de cavalos dos dois fazendeiros – representados por seus peões Tobias e Tomé (Eriberto Leão) – que ilustra bem essa oposição.
Autor / Adaptação: Ribeiro Couto / Benedito Ruy Barbosa | Escrita: Edmara e Edilene Barbosa | Direção: Fred Mayrink, André Felipe Binder e Pedro Vasconcelos | Direção-geral: José Luís Villamarin e Rogério Gomes | Direção de núcleo: Ricardo Waddington | Período de exibição: 10/05/2004 – 19/11/2004 | Horário: 18h | Nº de capítulos: 167