Criticado pela aparência extravagante, especialmente pela peruca, e até pelo tom dado ao seu personagem em Velho Chico, Antonio Fagundes agora recebe toda a sorte da crítica e do público na reta final da novela.
“É o melhor desempenho do Fagundes nos últimos tempos”, disse Luiz Fernando Carvalho, diretor artístico de Velho Chico. “Cadê a peruca? Ninguém se lembra mais! O personagem é todo uma peruca só que se esfarela pouco a pouco", explicou ao jornalista Maurício Stycer.
Em cenas emocionantes, amplamente citadas nas redes sociais, o Saruê vai se aproximando do Afrânio da juventude, já que virou uma outra pessoa quando assumiu as rédeas dos De Sá Ribeiro - e o que rendeu mais uma crítica ao ator, pela diferença da interpretação na comparação com Rodrigo Santoro.
Luiz Fernando Carvalho destacou as dificuldades do personagem criado por Benedito Ruy Barbosa: “Fagundes faz um personagem muito longe dele. Que coragem! Poucos fariam esse deslocamento, que implica em abandono do ego e vaidades. É, sem dúvida, um apuro na arte de interpretar, um exemplo a ser seguido, sem falar do alto nível de comprometimento. Um grande desafio que ele venceu com louvor e sensibilidade, traçando um retrato fiel da decadência do coronelismo do passado e do presente.”
Velho Chico chega ao fim dia 30, com Afrânio sem peruca.
Comentários (6) Postar Comentário
Jura? Eu respeito muito o talento de Antônio Fagundes e Christiane Tornoli, mas nesses personagens, Jesus, eu achei horripilante.
Basta entender um pouco de Dramaturgia para perceber que o Fagundes esteve durante 80% da novela dando show, principalmente depois que seu personagem diferente ao de Santoro começou a ser mostrado através de suas conversas no espelho e na encruzilhada, Torloni faz uma personagem pouco explorada e de menor importancia, ela não esta Horripilante só não aparece. Para achar o Fagundes horripilante é pra quem não se adapta ao diferente como esse novela.
Antonio Fagundes é um dos melhores atores desse país. No elenco todos são maravilhosos, o que estragou foi só um detalhe: a história. Lenta, passiva...desde o começo da segunda fase que o coronel está em crise. Isso foi chato demais.
A atuação de Antônio Fagundes é excelente, pois se trata de um ótimo ator. Confesso que achei o Afrânio da segunda fase destoante do feito pelo Rodrigo Santoro. Porém, vindo pra reta final da novela, eu entendi que isso foi intencional. O Afrânio modificou seu jeito de ser para assumir uma conduta que a sua mãe, Dona Encarnação, desejava que o novo coronel à frente da família tinha que ter, por isso a diferença do Afrânio do Santoro para o Afrânio do Fagundes. Já nesse final da novela, o Afrânio já volta a ser o que era no início. E isso é interessante: a matriarca dos de Sá Ribeiro foi o grande fio condutor da trama. Benedito Ruy Barbosa era criticado por não possuir personagens femininos fortes. Dessa vez, tivemos a Encarnação e outras.
A trama é boa. Mais uma história com tons de saga de Benedito Ruy Barbosa, cheio de brasilidade e regionalismo. Só acho que a novela não teve maior interesse do público por conta da direção de Luiz Fernando Carvalho. A segunda fase, o figurino e algumas caracterizações ficaram extremamente estilizados, muito fantasia, em descompasso com os dias atuais. Gosto de realismo mágico, mas acho que, nesse ponto, o diretor da trama exagerou na dose.
Acredito que por todos acontecimentos, pela idade do autor, pela direção muito estilizada do Luiz Fernando Carvalho que afastou um pouco o grande público, pela trágica morte do Domingos Montagner, Benedito Ruy Barbosa deve ser jogado de novo pra faixa das 18h...
so se for na visao dele puramente rsrsr