O Planeta TV

Record TV é finalista de prêmio internacional One World Media Awards 2020

Reportagem selecionada foi exibida no Câmera Record e está disponível no PlayPlus.

por Redação, em 17/06/2020

Fotos: Divulgação/Record TV

O Jornalismo da Record TV foi selecionado como finalista do One World Media Awards 2020, renomada premiação internacional que reconhece grandes reportagens de países em desenvolvimento. Com uma matéria dividida em duas partes, A Besta -  Episódio 1 e Episódio Final, e exibida no Câmera Record, a emissora concorre na categoria Documentário de Televisão. Os outros dois indicados são trabalhos de canais da BBC.

O prêmio é concedido por uma organização não-governamental sediada em Londres, Inglaterra, que tem parcerias com empresas de comunicação como BBC, Al Jazeera e Google.

Neste ano, o documentário A Besta já conquistou reconhecimento internacional ao vencer o  Prêmio Rei da Espanha. A reportagem, sobre a a arriscada viagem de trem de imigrantes que cruzam o México como clandestinos para chegar até a fronteira dos Estados Unidos, trouxe para a Record TV a terceira vitória nesta premiação. Antes, a emissora já havia conquistado o troféu em 2019 com Piratas da Amazônia, exibida no Câmera Record; e em 2016,  com As Eternas Escravas, produzida pelo Repórter Record Investigação.

O documentário, que foi ao ar em julho do ano passado, está disponível no PlayPlus, plataforma de streaming e marketplace de conteúdo do Grupo Record.

Sobre a reportagem:

Fotos: Divulgação/Record TV

A reportagem mostrou a dimensão do drama de imigrantes dispostos a tudo, inclusive a morrer, na busca uma vida digna em solo norte-americano. A equipe do Câmera Record acompanhou famílias, durante 21 dias, que atravessaram a América Central clandestinamente, fugindo da miséria e da violência de grupos armados, rumo à terra do Tio Sam. Uma viagem longa e perigosa no chamado  "Trem da Morte" ou La Bestia.

A cada ano, 150 mil pessoas desafiam a morte sobre seus trilhos e 1.300 morrem no caminho ou são mutiladas, segundo Instituto Nacional de Imigração Mexicana. O programa foi exibido em dois episódios, em 07 e 14 de julho.

Além de mostrar a perigosa saga, o programa entrevistou autoridades e organismos internacionais que analisam o fluxo migratório na região e no mundo.

Na viagem de quase um mês, a equipe descobriu que, antes de embarcarem no trem, os migrantes têm que atravessar um rio, em balsas improvisadas, da Guatemala para o México.

Os salvadorenhos César e o sobrinho caminharam durante cinco dias até a fronteira entre os dois países com apenas uma mochila. Nela, uma troca de roupa para cada um. Estavam exaustos e famintos. "Pra gente é um sonho chegar nos Estados Unidos, Deus vai nos ajudar, queremos trabalhar e ter uma vida melhor, só isso", conta.

A rota migratória deixa marcas profundas nas famílias que ficam. Porque muitos migrantes desaparecem no meio do caminho ou são sequestrados por cartéis mexicanos. Centenas de pessoas aguardam notícias dos parentes que partiram, com a roupa do corpo, em busca do sonho americano.

Marco Antonio era motorista, mas o salário era corroído pelo imposto de guerra cobrado pelas gangues de Honduras. "Por causa das extorsões e dificuldades que passava em Honduras, ele resolveu ir para os Estados Unidos no dia 22 de fevereiro de 2013", relata a mãe. De lá pra cá, Maria Eliza Castro não teve mais informações do paradeiro do filho.

Os jornalistas Romeu Piccoli, Henrique Beirangê, Michel Mendes, Fabiana Vilella, Mateus Munin, Natália Florentino, Lucas Mioni, Gustavo Costa, Pablo Toledo, Rafael Ramos, Rafael Gomide e Renata Garofano participaram da produção da reportagem.


Deixe o seu comentário