Paula Frascari celebra sucesso na pele de Cândida, versão jovem da personagem de Susana Vieira em "Terra e Paixão"

Após participações em novelas como "Pega Pega", "O Tempo Não Para" e "Amor de Mãe", a atriz e produtora Paula Frascari vem recebendo muitos elogios por sua "porção" Susana Vieira na novela "Terra e Paixão". É que Paula entrou recentemente na trama das 21h, de Walcyr Carrasco, na pele da mesma personagem, Cândida, em flashbacks que vêm ajudando a desvendar mistérios do folhetim. Ela conta que procurou não copiar a veterana atriz.

"Eu não penso que é a personagem da Susana Vieira, porque senão eu comparo e piro (risos). Sou exigente comigo, mas não fico me maltratando não. Estudo, me dedico, e pronto, é a energia daquele momento. Mas não tento copiar. Susana Vieira é Susana Vieira. Maravilhosa. Eu sinto como se fosse uma grande homenagem a essa grande Diva. Ela cresceu com a televisão brasileira. E é muito querida pelo público. Não penso para não esperar aprovação de ninguém. Eu sou a Paula Frascari", afirma.

Contudo, Paula admite que vê semelhanças com a forma de Susana se preparar para as personagens. "Ela deu uma entrevista falando que entra na personagem quando sente a energia em volta. Eu sou assim. Chego no estúdio e, no momento da caracterização e figurino, a personagem já está ali comigo, desde que saio da cadeira da caracterização. A medida que vou gravando, a personagem chega, está dentro. Eu não penso. Eu sinto. Vou pela intuição. Mas, quando é uma personagem que já existe, presto atenção nos trejeitos e sigo um pouco do que já foi construído", diz Paula, que viveu essa mesma experiência em "Os Dias Eram Assim".

Naturalmente, ela também trocou uma ideia com Susana antes de começar a gravar sua participação em "Terra e Paixão". "Em 'Os Dias Eram Assim', Susana me viu pelos corredores logo após a minha cena. Eu estava com cara de choro porque a cena pedia. Ela queria saber porque eu estava chorando. Ela me chamou para o camarim dela, e queria conhecer a fundo quem estava fazendo ela mais jovem. Ficamos horas conversando, foi um papo de mulher, me falou sobre a vida dela, e quis saber da minha vida e carreira. Achei muito interessante. Em "Terra e Paixão", nos vimos mais vezes. Ela até brincou e disse que eu parecia mais com a Marília Pêra. Foi engraçado, porque fiz a personagem da Marília mais nova em 'Pé na Cova'. Falei, então, para a Susana que eu tinha a sua energia. Ela gostou", relembra.

Além do trabalho na novela, Paula também é produtora, e acaba de finalizar o documentário "Rosa", com direção de Valmir Moratelli, sobre a carnavalesca premiada Rosa Magalhães. O longa está em circuito de festivais e deve estrear no início de 2024 nos cinemas. "Respiramos Rosa e o mundo das escolas de samba durante uns meses e fizemos o filme em pleno carnaval. Cada entrevista eu me emocionava com os depoimentos. Rosa é uma mulher tão forte e delicada ao mesmo tempo. Tão independente e multifacetada, eu me identifiquei. Ela é professora e diretora desse nosso grande espetáculo que é a Sapucaí. Não teve filhos. Não casou. Foi o oposto de tudo que a sociedade insiste em falar. Fora o ambiente do carnaval, que ainda é muito machista. Então nem se fala. Ela é uma sobrevivente. O filme mostra o Brasil da esperança", festeja Paula.