“O amor não conhece gênero”, disse Mário Teixeira.
O período em que se passa a história de Liberdade Liberdade - início do século XIX - apresentava um outro contexto para a homossexualidade no Brasil. “Não havia preconceito como entendemos hoje em dia”, disse o autor, Mário Teixeira. A situação era ainda pior! Chamados de sodomitas, os gays poderiam ter os bens confiscados e terminarem na fogueira, segundo a historiadora Rosana Lobo.
Com Caio Blat interpretando um fidalgo e Ricardo Pereira um capitão, o autor vem construindo a relação delicada entre eles. “Dois homens reprimidos por uma moral conservadora, que terão que conviver com sentimentos conflitantes dentro de si“, disse Mário Teixeira ao Gshow.
Depois da cena mais íntima exibida até então na novela das onze, quando Tolentino (Pereira) admira André (Blat) dormindo em sua cama, o autor garantiu que vai adiante no romance: “Claro que sim, o amor não conhece gênero. É maior do que a realidade em que eles vivem. E o desejo muitas vezes é incontrolável. Nada é mais violento que a intolerância”.
Liberdade Liberdade vai ao ar segundas, terças, quintas e sextas, na Globo.