Emílio Dantas sobre vilão Theo de "Vai na Fé": "Vida sem regras"

Emílio Dantas volta a ser vilão em Vai na Fé, novela das 19h da Globo que estreia nesta segunda-feira (16). Ao ver o novo personagem, muitas pessoas irão associá-lo a Rubinho de A Força do Querer (2017). Porém dessa dessa vez, não vai nada de dissimulação. Theo será um alpinista como o marido de Bibi (Juliana Paes), um aproveitador, um homem que não tem amor nem pela própria mulher. "Vida sem regras", diz o ator.

Para Rosane Svartman, autora da novela, Theo não é apresentado como vilão, mas como um maniqueísta. Um cara que quando jovem era uma ótima pessoa, sempre com segundas intenções, com o objetivo de levar vantagem em tudo. Com o passar dos anos, ele perde o limite da ética e torna-se um homem narcisista, capaz de atrocidades, segundo informações do Notícias da TV, do Uol.

Theo sempre usou a mulher, Clara (Regiane Alves), que é de família rica. É um homem que parece respeitável, um pai de família perfeito. Theo e Clara são casados há 20 anos e são pais de Rafa (Caio Manhente).

Emílio Dantas, intérprete de Theo, explica que seu personagem administra sua família, vivendo uma fachada perfeita para esconder suas patologias. "Ele não ama nem ele próprio. Eu acho que é uma relação que já acabou, que já entrou em lugar nebuloso", resume o ator.

O casamento se torna um relacionamento tóxico pois Theo oprime e machuca a mulher para manipulá-la e mantê-la no "no cabresto". Tudo que ele faz é para ter ela submissa, e Clara vive se martirizando, se culpando.

"Temos uma família. Então, aos olhos das pessoas, está tudo bem, mas dentro de casa não está. Tem questões que são voltadas realmente para um tipo de pessoa que tinha pais ausentes e nunca se preocupou muito com isso, com esse lado sentimental da vida, com com o que a gente constrói que realmente é sólido para a gente", explica Emílio.

O emocional de Theo ficou no passado, vive com saudade da juventude, da época em que ia aos bales funks. Para Dantas, Theo é um homem que se perdeu.

"O negócio dele é algazarra, é a loucura. A gente gravou uma cena em que Clara fala: 'Nossa, você saindo assim no meio de semana'. E ele responde: 'Sextou, imagina, lembra que a gente fechava todos os bares'. E ela comenta: 'Pô, parece uma outra vida'. Mas o que o cara quer é ter essa memória afetiva presente." 

"Ele fica preso a única referência de felicidade que ele teve, que foi esse passado, essa galera. Leva uma vida sem regras, é a tal da liberdade que o povo fala muito. Vamos falar sobre o direito da liberdade cercear a liberdade do do outro. Que liberdade é essa que ninguém sabe explicar? Eu acho que é justamente esse o ponto do Theo", define Emílio.

Emílio aposta em dizer que o público terá mais raiva do Theo do que tinha do Rubinho pois ele é um personagem louco, que atira para tudo que é lado. Contrariando a autora, o ator afirma que Theo é sim um vilão. " Fazer esse vilão para fora é um negócio que eu não tinha feito ainda".