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Dina Sfat nos deixou há 35 anos: atriz foi um dos grandes nomes da dramaturgia brasileira

Atriz morreu em 20/3/89, em decorrência de um câncer, um mês depois de fazer a sua ultima novela, Bebê a Bordo.

por Redação, em 20/03/2024

Foto: Acervo/Memória TV Globo

Uma das atrizes mais aclamadas da dramaturgia nacional, Dina Sfat nos deixou há exatos 35 anos, em 20/3/89, prestes a completar 50 anos. Referência no teatro, no cinema e na TV, a atriz fez personagens memoráveis, como Fernanda, da primeira versão de Selva de Pedra (1972); Zarolha, de Gabriela (1975); e Amanda, de O Astro (1977), deixando na imaginação do público a sua marca.

A carreira de atriz começou nos palcos, em 1962. Em 1966, estreou nas novelas na TV Tupi e, em 1970, chegou à Globo, onde fez 12 novelas e se tornou bastante conhecida.

De acordo com o site Memória Globo, o primeiro trabalho na emissora foi em Verão Vermelho, de Dias Gomes. Na época, a atriz, grávida de sua primeira filha, a também atriz Bel Kutner, interpretou Adriana que também engravidou durante a trama. Bel Kutner nasceu dois dias depois que a personagem deu à luz na história. Bel, Clara e Ana são as três filhas de Dina Sfat e Paulo José, seu companheiro por 17 anos, de 1963 a 1981.

Se ela estreou na Globo pelas mãos de Dias Gomes, foi com Janete Clair com quem Dina Sfat mais trabalhou na TV. Ela atuou em cinco de suas novelas: O Homem que Deve Morrer (1971), Selva de Pedra (1972), Fogo sobre Terra (1974), O Astro (1977) e Eu Prometo (1983). Em todas as tramas, Dina viveu mulheres complexas, determinadas e provocadoras.

O último trabalho de Dina Sfat foi em Bebê a Bordo, no qual viveu Laura. A morte da atriz, vítima de um câncer de mama descoberto em 1986, ocorreu menos de um mês após o término da novela de Carlos Lombardi.

Carreira na televisão

Dina Sfat iniciou sua trajetória em 1966 na telenovela Ciúme, na Rede Tupi, ao interpretar Maria Luísa; assim como, também atuou com o mesmo nome em O Amor Tem Cara de Mulher. No ano seguinte, deu vida as personagens Helen e Patrícia em A Intrusa, além de viver Laura em Os Fantoches, na TV Excelsior; concluindo a década em 1969 como Isabel em Acorrentados, na TV Rio.

No início da década de 1970, foi para a Rede Globo viver Helô na telenovela Assim na Terra como no Céu (sendo indicada ao Troféu Imprensa como 'Melhor Atriz'), no qual fez par romântico com o ator Francisco Cuoco; assim como, foi Adriana em Verão Vermelho, respectivamente. Em 1971, viveu Wanda Vidal em O Homem Que Deve Morrer e, no mesmo período, participou do programa Caso Especial no episódio "A Pérola". No ano seguinte, deu vida a Fernanda em Selva de Pedra, papel que lhe garantiu o Prêmio APCA como 'Melhor Atriz'. Entre 1973 a 1974, esteve na pele de Isabel em Os Ossos do Barão; participou novamente do Caso Especial no episódio "As Praias Desertas", além de atuar como Chica Martins (Débora) em Fogo sobre Terra, sendo eleita 'Melhor Atriz' pela primeira vez do Troféu Imprensa.

Em 1975, interpretou Zarolha na telenovela Gabriela (indicada como 'Melhor Atriz' no Troféu Imprensa). No ano seguinte, deu vida a personagem Risoleta em Saramandaia – eleita pela segunda vez como 'Melhor Atriz' pelo Troféu Imprensa – e esteve, mais uma vez, em Caso Especial, no episódio "Quem Era Shirley Temple?". Em 1977, atuou como Amanda em O Astro e concluiu o decênio participando pela quarta vez em Caso Especial, desta vez no episódio "O Caminho das Pedras Verdes", além de viver Paloma Gurgel em Os Gigantes, eleita 'Melhor Atriz' pela terceira vez no Troféu Imprensa.

No início da década de 1980, fez uma participação especial na série Malu Mulher no episódio "A Trambiqueira" viveu e Paula Alencar na mninissérie Avenida Paulista. Em 1983, interpretou Darlene na obra Eu Prometo e, no ano seguinte, deu vida a Eleuzina em Rabo de Saia. Seu último trabalho na televisão antes de sua morte foi em 1988 na telenovela Bebê a Bordo como Laura.


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