Um resumo do próximo episódio da série da Globo.
Nenhuma mulher é indefesa para sempre. Nenhuma mulher é vulnerável para sempre. No próximo episódio de ‘Assédio’, a sorte de Roger (Antonio Calloni) começa a mudar. Mesmo com as vítimas ainda sofrendo os estragos emocionais após os ataques sofridos, elas começam, aos poucos, a se fortalecer com uma gama de apoio e colo que surgem em seus caminhos. O suporte às vezes vem de um marido querendo fazer justiça com as próprias mãos, com ajuda especializada em terapia de grupo ou ainda em denúncias anônimas com o faro aguçado de uma jornalista insaciável como Mira (Elisa Volpatto).
Fora de si quando Eugênia (Paula Possani) conta que acredita ter sido estuprada pelo médico, Ronaldo (Felipe Camargo) vai até a clínica e parte para cima dele. “O que acontece entre quatro paredes, morre entre quatro paredes”, ameaça o engenheiro depois de acertá-lo com um soco. Mas não tem violência que amenize uma ferida aberta com outra violência. Após uma passagem de tempo de quatro anos, vemos o casal comemorando o aniversário da filha Valentina (Gabriela Arduz) e Ronaldo ainda sofre com a dúvida sobre a paternidade da menina.
Stela (Adriana Esteves), depois de todo esse tempo e de ter até tentado tirar a própria vida, agora internada em uma clínica psiquiátrica, consegue falar pela primeira vez, durante uma terapia de grupo. “Eu achava que não fosse mais ouvir a minha própria voz”, admite a professora.
Ao longo desse período, Mira nunca esqueceu a voz que lhe alertou pela primeira vez sobre Roger. Sobretudo depois que o chefe se recusou a investir na sua sugestão de reportagem. As pistas que conseguiu em cada pequena etapa de sua apuração seguem guardadas como peças de um quebra-cabeça. Em um insight, ela revisita cada papel e anotação e chega até Conceição (Léa Garcia), uma testemunha cega de estupros em um hospital em Campinas, nos anos 1970, quando o médico era ainda um residente. "Ele agora está famoso, vive na televisão, mas na época era mocinho. A voz dele não mudou nada”, enfatiza ela, que lembra que dividia o quarto com uma outra paciente e, nos fundos da unidade hospitalar, presenciava as agressões.
Enquanto isso, Maria José (Hermila Guedes) e Odair (João Miguel) pegam as economias que juntaram aos longos dos últimos anos no interior da Bahia e seguem para São Paulo com um só intuito: investir no sonho de ter filhos. “Eu estava me sentindo grávida, veio uma sensação de felicidade que não cabia em mim”, lembra a personagem, que, diferente de muitas das vítimas do médico, é atacada por Roger ainda acordada e totalmente lúcida, no banheiro do consultório. Na casa do médico, quem sofre é Glória (Mariana Lima), que descobre um câncer.
As cenas fazem parte do quarto episódio de ‘Assédio’, que vai ao ar nesta sexta-feira, dia 24, após o ‘Globo Repórter’. Primeira série original da Globo desenvolvida com exclusividade para o Globoplay, ‘Assédio’ é escrita por Maria Camargo, com Bianca Ramoneda, Fernando Rebello e Pedro de Barros. A direção artística é de Amora Mautner, direção-geral de Joana Jabace e direção de Guto Botelho. A série é livremente inspirada no livro “A Clínica: A Farsa e os Crimes de Roger Abdelmassih”, de Vicente Vilardaga.