Programa deste sábado, 19, convida Eduardo Araújo, Golden Boys, Os Incríveis, Martinha, Wanderley Cardoso e artistas influenciados pelo movimento.
Na segunda metade da década de 1960, o Brasil viu nascer um movimento cultural considerado introdutório do rock nacional, que influenciou não apenas a música, mas a moda e o comportamento da época. Trata-se da Jovem Guarda, que por volta de 60 anos depois é tema da edição especial do Altas Horas deste sábado, dia 19. Serginho Groisman convida músicos que participaram do movimento, ou que têm uma relação com ele, para compartilharem suas histórias e apresentarem sucessos.
Entre eles, o grupo Golden Boys, que originalmente foi um quarteto formado pelos irmãos Roberto, Ronaldo e Renato Corrêa, e o amigo Waldir da Anunciação, falecido em 2004. Os irmãos ocupam o palco e comemoram os 65 anos de carreira, em plena atividade. “Começamos ainda crianças, tínhamos o hábito de brincar de calouros. O nome do grupo foi dado, inclusive, durante nossa participação num programa de calouros”, contam, e cantam “Alguém na Multidão”.
Golden Boys se tornou uma referência para uma série de artistas, entre eles Negra Li: “Minha mãe ouvia muito, tenho uma memória afetiva. O rap sempre utilizou muito sample de Golden Boys, Trio Esperança [outro grupo com integrantes irmãos, similar a Golden Boys], tem muita influência”, compartilha. Junto com o trio, a rapper canta “Filme Triste”.
Wanderley Cardoso é outro nome do movimento, e celebra o sucesso: “Sou feliz por ter feito parte da história da música popular brasileira”, além de apresentar o hit “Ser Um Bom Rapaz”. No palco Rita Lee, a banda completa d’Os Incríveis e Eduardo Araújo - personalidades clássicas do rock daquele período -, tocam juntos “O Bom”, “Era Um Garoto Que Como Eu Amava Os Beatles e Os Rolling Stones”, “Splish Splash” e “Rua Augusta”, além de trazerem sua história na música.
Martinha, descoberta por Roberto Carlos, um dos líderes do movimento, revela a história de como isso aconteceu: “Ele foi lá na minha casa, em Belo Horizonte, para me ouvir cantar. Disse que gostou da minha voz, que achou diferente, e pediu para eu ir a São Paulo, e eu fui. A primeira música que eu fiz é que vou cantar hoje”, e mostra “Eu Daria a Minha Vida”.
A ligação de diversos artistas com a Jovem Guarda se dá, inclusive, pela influência de Roberto Carlos, como Luiza Possi, que participou de uma homenagem ao movimento produzido pela TV Globo em 2003, quando viveu uma história engraçada com ele. Já Roberta Miranda chegou a gravar um álbum inteiro de músicas de Roberto Carlos e escolheu apresentar no palco a canção “As Canções Que Você Fez Pra Mim. Thiago Abravanel, que já cantou com Roberto num show, mostra “O Calhambeque”.
Erasmo Carlos, o “Tremendão”, é outro nome de relevância, ao lado de Roberto Carlos, e é homenageado pelo programa com a recordação de passagens dele pelo palco. Fiuk conta já ter cantado Erasmo em outras oportunidades e mostra “Eu Sou Terrível”.
O Altas Horas tem apresentação de Serginho Groisman, direção geral de Serginho Groisman e Adriano Ricco, e vai ao ar aos sábados depois de Terra e Paixão.