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"PASSIONE" E "RIBEIRÃO DO TEMPO": NOVELAS COM ERROS BANAIS!

Por: Jeferson Cardoso

Meus quereeeedos, tudo bem? Desculpe-me pela demora, mas segue o prometido. Passione e Ribeirão do Tempo são novelas com erros banais. Confira a lista, na minha modesta opinião:

Passione

- Silvio de Abreu não soube apresentar bem seus personagens. Os três primeiros capítulos tinham narrativa de minissérie.
- O comportamento de Diana causou rejeição. Como pode a "mocinha" ter relação com dois homens em uma mesma noite?
- O amor de Diana por Gerson não convenceu. Como pode um encontro relâmpago e frio resultar num casamento tão rápido? O público não é bobo!
- Afinal, quem é a mocinha? Tudo muito confuso! Novela sem mocinha não é novela! Mocinha precisa sofrer (nas mãos do(a) vilão(a),é claro!).
- O núcleo italiano é irritante, não dá para aguentar as falas de Tony Ramos e Aracy Balabaniann. É insuportável!
- Reinaldo Gianecchini como vilão não convence nem a sua mãe.
- A ingenuidade (de novo?) da personagem de Fernanda Montenegro é o cúmulo. Como pode aceitar uma procuração de um filho que ela se quer tem a prova que esteja vivo? O público não é burro!
- Cansou as repetitivas cenas de Maitê Proença, que durante 25 capítulos só soube trair o marido. Já entendemos o problema da personagem. Está na hora de agilizar este núcleo, bem como, o de Irene Ravachi e Francisco Couco (meros coadjuvantes até o momento).
- Irrita as cenas de Bruno Gagliasso e Gabriela Duarte (que por sinal está ótima). As situações são as mesmas em todos os capítulos!
- Cansam os cinco intervalos comerciais. Para variar, cada intervalo tem cinco – quase seis – minutos de duração! É dinheiro no bolso, mas audiência que é bom...

Ribeirão do Tempo

- Ausência de vilã ou vilão, o que hoje é a peça chave de uma novela.
- Jacqueline Lourence passará a novela inteira gravando em um único cenário?
- Repetições dos diálogos da Madamme Durrel, que insiste em dizer que está a procura do filho.
- Falta agilidade, presença marcante nas novelas da Record. Não que isto seja obrigatório, mas é isto que o público da Record gostaria de ver! Virou hábito!
- A cidade cenográfica é muito pouco explorada, uma vez que, só vem sendo utilizada para mostrar passagem de tempo.
- A abertura dá a impressão de que é uma "novela velha".
- No primeiro encontro, Filomena (Liliana Castro) se entrega a Tito (Ângelo Paes Leme). Acabou com a mocinha!
- A trilha sonora é estranha e trás a bem sucedida – e antiga – Cabecinha no ombro, que foi tema de Jorge Tadeu em Pedra Sobre Pedra (Globo/1993).
- Não gosto dos efeitos especiais utilizados. O diretor Edgard Mirand adotou o mesmo em Chamas da Vida, onde em cenas de adrenalina as imagens ficam tremidas.
- A demora para desenrolar alguns assuntos. Outro dia, um capítulo inteiro foi dedicado ao sequestro do prefeito Ari Jumento.

A audiência dessas duas novelas é vergonhosa, mas acredito em uma reviravolta. Como telespectador não estou preocupado com isto, mas como torcedor sim. Quanto à narrativa, meus quereeedos, esperava muito mais principalmente de Ribeirão do Tempo. Ou seja, estou frustrado. Fazer o quê não é mesmo? Como diria um ex-BBB: fazzzzz parrrrte!

Quanto aos acertos, seguem:

Passione

- Mariana Ximenes está espetacular. Assistiram à cena que Clara foi desmascarada? Se não, vejam! A melhor da novela até então!
- A parte mais engraçada fica por conta dos velhinhos interpretados por Leonardo Villar e Cleyde Yáconis. Um show à parte!
- Werner Schunemann vem surpreendendo. Considero o Saulo o grande vilão, uma vez que, Fred (Reinaldo Gianecchini) é um frangote. Sua interpretação é tão convincente que dá vontade de avançar na TV.
- Cauã Reymond, mais uma vez, se destaca. Na pele de Danilo, consegue deixar Rodrigo Lombardi e Marcelo Antony a ver navios. Danilo e Fátima (Bianca Bin) é o melhor casal da trama. Convenceu e agradou.

Ribeirão do Tempo

- Os textos de Marcílio Moraes e seus colaboradores são ótimos. A comédia vem se destacando!
- Excelente a química entre Bianca Rinaldi e Caio Junqueira. Uma pena que não têm destaque de protagonistas.
- Heitor Martinez mais uma vez se destaca. E anote: seu personagem vai crescer muito! Pode ser a grande salvação, já que os vilões dominam e é justamente o que falta nesta história!
- Victor Facchinetti (André) e Louíse D'Tuani (Sônia) chamam a atenção entre o núcleo jovem. Torço para que tenham muito destaque desbancando o núcleo de Tito, Filomena e Karina. O autor precisa deixar a trama mais jovem, não é mesmo?
- O prefeito Ari Jumento, interpretado por André de Biase, é a grande sensação. Suas cenas são hilárias e o autor vem utilizando o personagem para retratar a realidade da política brasileira.

Resumindo: Passione não tem mocinha definida e Ribeirão um vilão. Pode uma coisa desta? É pedir para traçar! E mais, novela que se preze precisa ter seus protagonistas definidos. Esse negócio de todos terem destaques não dá certo! Por fim, a ingenuidade tem ter certo limite!

É claro que Marcílio Moraes e Silvio de Abreu – após pesquisas com grupos de telespectadores – corrigirão os erros, mas precisava errar no óbvio?

No mais, permaneço a nota de 7 pontos à Passione, mas Ribeirão do Tempo cai para 6.

Fiquem tranquilos que não vou abrir mão dessas novelas e continuarei acompanhando até o último capítulo. Vamos torcer por uma reação, de audiência é claro!

Até a próxima!


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