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Há duas semanas no ar, A Lei do Amor coleciona absurdos

Mexicana demais, novela peca até em cena de flashback.

Por: Jeferson Cardoso

Gianecchini e Tarcísio Meira em cena. Foto: Globo

A Lei do Amor, por enquanto, é uma frustração. Os primeiros capítulos foram confusos e exagerados. Mexicana demais, ganhou até apelido de La Ley Del Amor.  Serei breve. O prólogo, de 5 capítulos, foi fraquíssimo. Os autores não souberam apresentar bem os personagens e falharam por não contar a história de Tião e Magnólia. A direção também vacilou na escalação dos atores.

No início da segunda fase, o público se deparou com o retorno de Pedro (Reynaldo Gianecchini), que havia sido expulso de casa. Sem nenhuma explicação, ele recebeu uma ligação do pai e corre para seus braços. Como eles se reaproximaram? Pouco importa. Mais tarde, descobrimos que Fausto Leitão (Tarcísio Meira) tornou-se amante de Suzana (Regina Duarte). Oi? Vitória (Camila Morgado) surgiu desequilibrada (apanha do marido, enche a cara e atropela uma pessoa). Como? Paralelo a isso, o um tal mistério tomava conta. Suspense, até então, broxante. Um crime de poucos suspeitos e de pouco interesse. A novela é ambientada em São Paulo ou numa cidade vizinha? O que os protagonistas estavam fazendo em Parati? Confusão?!?!

Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari não souberam apresentar A Lei do Amor. Acredito que, para convencer, e conquistar o público, eles terão que explicar muita coisa. Com MUITOS ajustes, pode decolar. O primeiro deles, certamente, é salvar (humanizar) Letícia (Isabella Santoni). Que personagem chato! Credo!

O mote de A Lei do Amor deveria ser a relação entre Pedro e Fausto, mostrando a reconciliação e uma linda relação entre pai e filho. Infelizmente, o foco dessa novela é a política.

Há duas semanas no ar, essa novela apresenta erros absurdos. O pior dele, para acreditar é preciso seguir os conselhos de Glória Perez e voar. Numa cena de flashback, na década de 70, usaram Thiago Martins para dar vida a Tião, que já havia interpretado o papel na década de 90. Que mico! Há quem diga que isso só aconteceu porque José Mayer se recusou a passar pelo processo de rejuvenescimento. Fico pensando: se aceitasse, teria feito par com Isabelle Drummond? Hahahahahaha! E como seria, Mayer envelhecido – com máscaras de múmias – fazendo par com Claudia Abreu? Teria sido ainda pior!

Tarcísio Meira e Regina Duarte em participação relâmpago. Foto: Globo

A única coisa boa dessa novela, até o momento, é Luciane (Grazi Massafera). É uma personagem carismática, sincera, e engraçada.

Por ora, A Lei do Amor parece minissérie de Gilberto Braga. Talvez teria sido melhor se tivesse sido produzida para a faixa das 23h. Vamos ver se melhora.

Sobre a audiência, deixarei para comentar no próximo post. Prefiro. Qualquer coisa que eu disser neste momento, será vista como implicância e um exagero, uma vez que a novela está começando. Alerto: já começou! Duas semanas já se passaram e conta pra média geral. Tadinha. Rsrs.

Ótima novela!

Decepcionado com as enrolações e esculachos, tentei abandonar Haja Coração, mas não consegui. Dei uma pausa, de duas semanas, e não perdi nada porque andava em círculos. É uma novela que prende e diverte. Tem suas falhas, mas cumpre, perfeitamente, com a função de entreter. É um novelão.

Assim como em Alto Astral, Daniel Ortiz me surpreendeu positivamente. Ele, como cria de Silvio de Abreu, aprendeu, e muito bem, a escrever ganchos e situações divertidíssimas.

Lá, no início, apostei – sem medo – que Daniel Ortiz faria de Haja Coração um enorme sucesso, e que Escrava Mãe não avançaria. Afirmei isso porque conhecia o estilo mexicano do autor, e sabia que agradaria ao público das 19h. 

Amei Totalmente Demais, mas não posso negar que Haja Coração é tão boa quanto. São duas ótimas novelas. Bobagem de quem perde tempo tentando desmerecer uma ou outra. Na audiência, empate: 27 pontos para cada. Até nisso elas são equivalentes.

Tancinha é vida. Que personagem maravilhosa!!! Mariana Ximenes – merecedora de um Emmy – brilhou. Sabrina Petraglia, prontíssima para protagonizar uma novela (pena que não faz parte da panelinha de protagonistas), encantou com Shirley. Destaco também o ótimo retorno de Malu Mader, que se saiu muito bem na comédia.

Lamento apenas por Bruna (Fernanda Vasconcellos) ter tido pouco destaque; e pelo declínio, de atuação, de Tatá Werneck no decorrer da novela. A atriz vacilou, talvez por ter perdido o encanto com os rumos da Fedora.

Sobre a final, e torcida, não mudei de opinião e continuou apostando que Tancinha terminará com Apolo (Malvino Salvador). A mim, o autor não convenceu que a mocinha esteja dividida. Enfim, seja qual for o destino desta personagem não conseguirá a agradar a todos.

Boninho e suas loucuras!

Tirar o Vídeo Show da grade diária é até compreensível. Mas mexer com Encontro é um absurdo. Não se mexe com que está dando certo. O programa de Fátima Bernardes – que até pouco tempo perdia para desenhos do SBT - demorou quatro anos para se consolidar.

O Vídeo Show ir para as manhãs de sábado, é interessante. Mas não tem conteúdo para três horas de programa. A Globo poderia reduzir o tempo do É de Casa para encaixa-lo, com no máximo 1h de arte, entre 11h e meio dia.

Mas e à tarde, o que fazer? Por audiência, nada. O teto do horário é de 10 pontos, seja com ou sem o Vídeo Show. Por novidade, e dinheiro, seria melhor arriscar em algo que mesclasse jornalismo e entretenimento.

Assim como estou convicto de que (em termos de audiência) Xuxa não funcionará nas tardes da Record, aposto que Encontro com Fátima não tiraria a liderança do Balanço Geral SP (Record).

Já a ideia de colocar o É de Casa diariamente, é tudo o que a produção do Hoje em Dia e do Bom Dia & Cia desejam. #Deboche

Se a moda pega...

Gostei bastante da chamada de Rock Story, mas detestei a música Sonha Comigo, apresentada no Domingão do Faustão. Credo! Não sei qual é a intenção da Globo em fazer essa divulgação, a duas semanas da estreia. Até tinha criado uma expectativa, agora estou com o pé atrás. Vamos ver, com os capítulos no ar, se empolga. Não me iludo mais com anúncio publicitário, nem com resumo de sinopse.

A Globo fará a estreia de Rock Story numa quarta-feira, dia 9/11. Se continuar assim, em breve, para diferenciar, lançará um folhetim aos domingos. #deboche

Broxante!

Bruno Gagliasso e Giovanna Antonelli. Foto: Globo

A Globo esperou o horário de verão chegar para realizar mudanças em Sol Nascente. Pode isso? Essa novela, que já bateu nos 20 pontos de média geral, só tem salvação se for bruscamente modificada. Tentei acompanhar alguns capítulos e não consegui. Persisti, relutei. Não deu. É desanimadora. Só vale a pena pela atuação de Laura Cardoso.

Silvio de Abreu, certamente, só aprovou a sinopse dessa novela pela amizade com Walther Negrão.

Cansativo!

Há cerca de um ano expus minha insatisfação com a repetição de elenco, as panelinhas e puxa-saquismos na TV. Hoje, percebo que muitos já sentem incomodados. E só tende a piorar. A Flor da Pele, de Gloria Perez, vem com um elenco que lembrará outras obras da autora. Walcyr Carrasco que não fica atrás, deve repetir boa parte da turma de Eta Mundo Bom. É broxante.

Isso sempre aconteceu, não é novidade. O problema é que além das novelas, atualmente, temos muitas séries e minisséries. É por isso que sou a favor da valorização de profissionais do teatro, cinema. Há muita gente boa e talentosa à espera de uma chance.

Já perdi o tesão em À Flor da Pele só de pensar que Rodrigo Lombardi fará par novamente com Juliana Paes. Não é fácil!

Positivo!

Tamanho Família foi uma das mais gratas surpresas de 2016. Ninguém dava nada e surpreendeu em todos os quesitos. Uma pena que a Globo não dá a Márcio Garcia o valor devido. Ele é quem deveria ter assumido o comando do The Voice Kids. Mas, devido a panelinha...

É isso. O que A Lei do Amor tem de bom e de ruim? Por que a Globo não consegue emplacar sua novela das nove? Haja Coração superou as expectativas? E com quem Tancinha deve terminar: Apolo ou Beto? Encontro com Fátima Bernardes daria certo à tarde?

Obrigado, e até o nosso próximo encontro. =D


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