A revela reação à notícia e detalha preparação.
Só se fala em Alanis Guillen desde que ela foi anunciada como Juma Marruá para a nova versão de Pantanal, no Fantástico do último domingo, 19/9. O nome da atriz de 23 anos caiu na boca do povo e agora ela conta como tudo aconteceu até conquistar o cobiçado papel.
Alanis já estreou na TV como protagonista de Malhação – Toda Forma de Amar, em 2019. E bastou o primeiro papel para que os olhos do público e da equipe da novela se voltassem para ela.
Segundo a artista, logo que a reportagem do Fantástico anunciou a produção de Pantanal em setembro do ano passado, seu celular não parou de tocar, com mensagens e marcações nas redes sociais de pessoas conhecidas e desconhecidas torcendo para que ela desse vida a essa personagem tão icônica.
“Quando disseram que haveria essa nova versão de 'Pantanal' – novela que nunca tinha assistido – uma galera na internet começou a me marcar em publicações e muitas pessoas começaram a comentar. Pessoas amigas, da família, dizendo: 'Essa personagem tem que ser você'."
"Eu queria saber quem era a personagem, que história era essa, fiquei muito curiosa. Depois de entender do que se tratava, quis fazer teste para essa produção”, conta a paulista, de Santo André.
Rogério Gomes, o Papinha, diretor artístico da trama, explicou a decisão de apostar em Alanis: “Nossa produtora de elenco, Rosane Quintaes, trouxe o nome dela, que foi a nossa primeira opção. Pedimos a ela e a diversas atrizes que nos enviassem selftapes, material de vídeo que ficou comum no último ano devido à dificuldade de testes presenciais durante a pandemia."
"Depois de recebermos tudo, convidamos Alanis para um teste presencial, seguindo todo o protocolo de segurança daquele momento. Ela fez e foi brilhante”, declara o diretor.
Para Bruno Luperi, autor da nova versão de Pantanal, a escolhida para interpretar Juma precisava ter uma característica indispensável: o olhar da onça.
“Olhei para ela e pensei: é exatamente o que precisamos. Bochecha, nariz, boca, olhar e talento. Ela tinha tudo”, destaca Bruno.
“A Juma está ali ao extremo, um ‘eu rudimentar’. No contraste com o ‘eu urbano’ de Jove. Juma vai descobrir no primeiro contato com Jove o que é o amor. E ela vai se encantar por um homem que é feminino em sua essência. E, por isso, ele é a única pessoa que ela deixa chegar perto. É um encontro que vem para trazer aprendizado e transformar, com carinho, atenção e respeito."
"Surgiu essa oportunidade de fazer o teste, em selftape - que até então estávamos todos aprendendo a lidar com essa nova forma de trabalhar. Moro em apartamento e, como a instrução do teste era fazer ao ar livre, pedi ajuda a um casal de amigos que mora numa casa com quintal, e por sorte ainda trabalham com vídeo. Me dedico a todos os selftapes, mas esse realmente foi especial, com minha amiga me dirigindo, com uma câmera profissional e até equipamento de som. Detalhe: eu não podia falar para ninguém do que se tratava, era algo sigiloso."
"Disse aos meus amigos, e até para os meus pais, que era mais um teste de uma produção qualquer. Fiz, mandei e logo tive resposta da produção, que gostou muito, mas que queria fazer uma outra opção com a participação da Bella Secchin, preparadora da TV Globo, com quem eu já tinha trabalhado em ‘Malhação. Ficamos duas semanas nos falando online, estudando. Gravamos o teste e mandei."
"Depois desse 'segundo teste', fiquei na expectativa, e muito envolvida com a personagem, a relação com a natureza, com a história em si. Para mim, era muito além de um trabalho ou só mais uma personagem. Daí foram surgindo coisas novas no estudo, e fui experimentando com o texto do teste. Gravei uma outra versão de Juma e contatei novamente a produtora de elenco, e enviei essa outra 'versão'. Em fevereiro, me chamaram para fazer um teste presencial com o diretor, algo para o qual eu vinha vibrando muito que acontecesse. Cheguei lá, encontrei o Papinha e foi incrível, ele me acolheu."
"Enquanto esperava o retorno desse teste, algum veículo de imprensa publicou que eu estava confirmada, mas eu mesma ainda não tinha tido essa resposta. Amigos e familiares me cobrando de não ter falado nada e me parabenizando. Foi uma loucura, porque não sabia o que responder. Não sabia nem se eu já podia comemorar ou não. Até que veio a confirmação. Aí eu transbordei."
"Está sendo um processo. Estou tendo um tempo muito gostoso para acessar e digerir cada etapa. Adentrando essa história, entendendo a voz, o corpo, os impulsos... Comecei por um estudo arquetípico, de mesa, e depois fiz algumas experiências para o meu corpo registrar informações que eu, Alanis, não tinha, mudei alguns hábitos, comecei a praticar Kung Fu, tive aulas de equitação, prosódia, entre outras coisas. Cada dia é precioso nesse processo todo. Principalmente, algumas dificuldades."
A nova versão de Pantanal é escrita por Bruno Luperi. A direção artística é de Rogério Gomes, direção de Walter Carvalho, Noa Bressane, Beta Richard e Davi Alves. A produção é de Luciana Monteiro, a direção de gênero é de José Luiz Villamarim e a novela tem previsão para o dia 28 de março.