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Conselho Federal de Psicologia critica a novela O Outro Lado do Paraíso

Conselho Federal de Psicologia critica a novela O Outro Lado do Paraíso

"Estratégia de elevar a audiência", aponta Órgão.

por Redação, em 06/02/2018

Laura (Bella Piero). Foto: Reprodução/TV Globo

Fenômeno de audiência, O Outro Lado do Paraíso tem sido alvo de críticas. A mais recente, do Conselho Federal de Psicologia (CFP). O Órgão divulgou, há dois dias, uma nota criticando a abordagem da novela da Globo sobre os temas abuso sexual e saúde mental e diz que a trama presta um "desserviço" à população.

Em nota, o CFP critica a maneira como a Globo vem tratando questões como abuso sexual sofrido na infância. Na trama, com assinatura de texto de Walcyr Carrasco, Laura (Bella Piero) sofre abuso sexual do padrasto, Vinícius (Flávio Tolezani), desde quando era criança. Recém-casada com o médico Rafael (Igor Angelkorte), Laura ainda sofre com o passado.

“São as novelas da Rede Globo que, como estratégia de elevar a audiência, frequentemente buscam embaralhar as barreiras do ficcional e do real”, diz a nota do Conselho. “É consenso no Brasil de que pessoas com sofrimento mental, emocional e existencial intenso devem procurar atendimento psicológico com profissionais da Psicologia, pois são os que tem a habilitação adequada.”, disparou o Órgão.

O Conselho Federal de Psicologia entende que a telenovela, por se tratar de uma obra capaz de formar opinião, vem abordando o tema com simplismo e interesses mercadológicos e que se trata de um erro grave uma vez que casos como esse causam sofrimentos psíquicos.

A assessoria da TV Globo ainda não se posicionou sobre o assunto.

Com informações da jornalista Keila Jimenez, do R7.

Comentários (4) Postar Comentário

João comentou:

Isso é verdade. Tem gente que se deixa influenciar fácil. Daqui a pouco muita gente vai procurar uma coach ao invés de psicólogo ou psiquiatra para resolver determinados probleemas. Eu gosto dessa novela, mas o Walcyr Carrasco é uma bicha louca. Escreve sem critério algum.

Geraldo comentou:

Além da questão da Laura, bem apelativa e, que o autor quer incutir técnicas alternativas para superação de traumas e, ministradas por advogada! Tem a questão do Tomaz, que toda mãe adotiva sabe - desde que o mundo é mundo - que o reencontro com a mãe biológica sempre será de perdão ou compreensão: afinal foram Nove Meses de Interação na Gestação. Uma prima minha - por questões financeiras e numa época de grande prole - foi dada em adoção. Quando a minha prima foi mãe, disse à familia adotiva que queria reencontrar a máe biológica. Numa época em que a Justiça não interferia nos Orfanatos, a Diretora promoveu o encontro e a avó adotiva disse à minha tia: o nosso neto. Já o Walcyr num surrealismo coloca a fala do personagem Tomaz, chamando a Clara pelo nome!