O escândalo dos cartões corporativos no Governo vai pular das páginas de política para a ficção. Indignado com as denúncias de mau uso dos cartões no governo - criados para despesas profissionais, foram utilizados por funcionários em postos-chaves na administração pública para pagar desde chocolates até vinhos -, o autor Aguinaldo Silva vai levar o assunto para Duas Caras e fazer Branca (Susana Vieira) perder o comando da Universidade Pessoa de Moraes.
"Branca usa o cartão para pagar todas as suas despesas, desde que João Pedro (Herson Capri) morreu. Como era a única dona da universidade - a outra, até então, Sílvia (Alinne Moraes), é sua filha -, nunca se preocupou em fazer uma comparação entre o que gasta e seu salário, para ver se tinha passado do limite", explica Aguinaldo Silva.
Mesmo levando para a TV o tema - que estourou na mídia quando a ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, gastou dinheiro público com despesas pessoais -, o autor não vê luz no fim do túnel: "A gente denuncia, mas as pessoas não param de roubar! E por mais que minha cabeça de ficcionista seja dada ao delírio, não conseguiria inventar um personagem como Matilde Ribeiro."
A bomba explode quando Branca paga um presente caríssimo para Macieira (José Wilker) com o cartão dado pela universidade. Célia Mara (Renata Sorrah) descobre e, sem pensar duas vezes, convoca o conselho administrativo da universidade e denuncia a rival. A partir daí será formada uma comissão de inquérito dentro da instituição e Branca, para provar que não agiu de má-fé, renuncia à presidência. "Ao contrário de uns e outros por aí, ela não quer atrapalhar as investigações", alfineta Aguinaldo.
Em solidariedade à amada, Macieira vai pedir demissão da universidade, mas Branca convence o reitor a continuar. Apesar de ter conquistado o cargo máximo, Célia Mara não terá vida fácil. "O feitiço se volta contra o feiticeiro. Ao saber que Branca se afastou, os empresários, que mantêm boa parte da universidade, suspendem suas doações. A tentativa de Célia Mara de atraí-los de novo é um desastre, e as coisas começam a desandar", adianta Aguinaldo, descartando a possibilidade de Branca ir morar na Portelinha, mesmo depois de ter perdido o cargo.
"Imagina se eu vou botar a minha querida Susana Vieira lavando roupa na laje?", diverte-se o autor. Com a proximidade de Macieira e Célia Mara, Branca será motivo de briga entre Alzira (Flávia Alessandra) e Juvenal (Antonio Fagundes): a ex-enfermeira acredita que os dois estão tendo um caso e por isso vai romper com o rei da Portelinha.
Fonte: O Dia