A jornalista Sabrina Grimberg do jornal O Dia, entrevistou o ator Marcelo Antony que comentou sobre seu casamento e a desilusão com o Brasil.
Cansado da mediocridade e em crise no casamento, o ator Marcello Antony terminou as gravações da novela ‘Paraíso Tropical’,em setembro do ano passado, arrumou as malas rumo a Nova Iorque, nos Estados Unidos, e decidiu cuidar de sua vida. Ao lado dos filhos, Stephanie, de 8 anos, e Francisco, 5, e da mulher, a atriz Mônica Torres, Antony vivia rotina como anônimo, longe das perseguições de fotógrafos: levava as crianças para se divertir no Central Park, em Manhattan, e acompanhava, orgulhoso, o aprendizado delas em um novo idioma, na escola.
“Desisti do Brasil, mas não desisti de mim. É como se eu tivesse colocado o Brasil numa gaveta lá embaixo e esquecido. Se cada um tratasse mais de si próprio, melhoraria
o resto”, aposta, aos 43 anos.
Mônica também considerou positiva a experiência, que já havia vivido na época em que foi casada com o ator José Wilker: “Foi ótimo porque as crianças, que já estudam em escola bilíngüe no Brasil, voltaram fluentes em inglês”, diz.
'A separação não deu certo'
No meio disso tudo, o casal chegou a anunciar a separação, mas continuou morando junto. Depois de seis meses respirando novos ares e de bem novamente com a mulher – “A separação não deu certo”, brinca –, Antony voltou a morar no Rio em fevereiro. E agora, está pronto para viver o médico Daniel em ‘Ciranda de Pedra’, próxima novela das 18h da Globo, que estréia dia 5.
Apesar da ‘renovação’, o galã não mudou de opinião totalmente. “Já pensei até em abandonar a profi ssão, largar isso tudo aqui, que é muito louco. Fiquei fora e quando voltei foi um baque. Demorei um mês para entrar nesse ritmo porque é muita coisa errada, ruim, mas a
gente tem que tocar a vida.”
Ele enumera os problemas: “É muita superfi cialidade. As pessoas não lêem. Quem não tem TV a cabo está perdido. A programação de meio-dia até as 18h de todos os canais abertos é só fofoca, não tem conteúdo nenhum. Se for espremer, não sobra nada. Então, 80% da população do Brasil é criada nisso aí, as pessoas ficam ocas”.
Créditos: Sabrina Grimberg / O Dia