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Selton Melo volta à TV em "O Sistema"

por jeferson, em 28/10/2007


Em Londres para gravar cenas de ‘O Sistem’, nova série de humor da Globo, o diretor José Lavigne viu o aviso colado no poste: ‘Não podemos apenas ver o que você faz. Também escutamos o que você fala’. A paranóia da segurança, que transformou a capital da Inglaterra na cidade mais vigiada do mundo, é o mote do programa, uma superprodução de seis capítulos que estréia sexta-feira, depois do ‘Globo Repórter’.

Comédia de ação com pitadas de suspense e ficção científica, ‘O Sistema’ é protagonizado por Selton Mello, em sua terceira parceria com os roteiristas Alexandre Machado e Fernanda Young (de ‘Os Normais’ e ‘Aspones’). “Adoro o texto inteligente desses dois. É um prazer poder falar as palavras que escrevem lá na casa colorida deles”, elogia o ator.

Selton interpreta Matias, fonoaudiólogo que se junta a três amigos para investigar a multinacional Sachen Lächerlich depois de ter seus documentos cancelados. O grupo organiza protestos bem-humorados diante das câmeras de empresas controladas pela corporação, que no Brasil é dirigida pelo vilanesco Katedref (Ney Latorraca).

Na Sachen também trabalham Valquíria (Zezé Polessa), Greta (Betty Gofman) e a atendente de telemarketing Regina (Graziella Moretto), que repete como mantra slogans do tipo: “Eu vivo, eu vendo, eu venço” e “Eu já falei, vou repetir, é o cliente que manda aqui”. É ela quem apaga os dados de Matias do sistema, depois que ele a humilha em um telefonema. “A história tem um realismo ultra-fantástico. Mas apesar de todas as coisas mirabolantes, a instalação é muito humana, porque reproduz essa dificuldade que a gente tem de existir”, avalia Graziella.

“‘O Sistema’ mostra a ideologia da luta do ‘controle’ contra a ‘liberdade’. É uma tentativa de controle achar que câmeras de vigilância vão resolver tudo à nossa volta. Só a liberdade resolve”, acredita Alexandre Machado, que torce por uma segunda temporada da série, em 2008. “Mas se não acontecer, ninguém vai ficar sorumbático. Nunca nos sentimos órfãos dos outros programas, correndo atrás do sucesso perdido”, conclui Fernanda Young.


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