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Rodrigo Hilbert acha que a beleza foi fundamental para o seu sucesso

por jeferson, em 10/02/2008


Vinicius de Moraes estava certo: "beleza é fundamental". Pelo menos para Rodrigo Hilbert, que vive o bandido Ronildo de Duas Caras, foi. Em 2002, na novela Desejos de Mulher, precisavam de um homem para interpretar um modelo que saísse de Santa Catarina para viver no Rio de Janeiro.
Era praticamente a história de vida do próprio Rodrigo, que deixou a cidadezinha catarinense de Orleans aos 18 anos, para trabalhar com fotos e desfiles em São Paulo.

Ele ganhou a vaga na novela, fez pequenos papéis em outros folhetins e só agora, quando foi convidado para a novela de Aguinaldo Silva, sentiu que o rostinho bonito poderia atrapalhar. "O Wolf Maya disse que a gente teria de enfeiar o personagem. Fazê-lo com cicatriz, meio sujo e com o cabelo estragado", conta o ator aos risos, ao lembrar das orientações dadas pelo diretor da trama.

Feio ou não, a verdade é que o marginal vivido por Rodrigo ganhou espaço no folhetim. Ele morreria logo no início da história, mas tudo mudou. "Nem na sinopse da novela o Ronildo estava. Mas a cada bloco de capítulos que recebo tenho novas surpresas e cenas complicadas para fazer", valoriza.

Seguro do que quer e do reconhecimento que pretende alcançar na profissão, ainda ousa dizer: "Quanto mais complicado for, melhor para mim", demonstrando que não teme ser testado.

Ser um homem bonito pode ter facilitado a conquista de oportunidades, mas por outro lado aumentou muito as cobranças. O ator não ignora e nem ignorou as críticas que recebe desde o início da carreira.

Foram essas avaliações, inclusive, que o levaram a concluir que a atuação era o que ele desejava fazer pelo resto da vida. "Me julgaram muito, mas gostei dessa brincadeira. Fui estudar e ainda estou aprendendo", resume Rodrigo.

E para ele a dedicação tem surtido efeito. Quando pensa na primeira novela que fez, diz que não consegue entender como o escalaram. Já ao se assistir hoje, nota sua melhora. "Tenho mais noção de onde devo colocar minha emoção. Às vezes acerto e em outras não", pondera.

Do que ele tem certeza é que a repercussão de uma novela das oito é incomparável a qualquer outro trabalho. Rodrigo até já tinha feito outra trama no horário. Ele foi o Murilinho, de América, em 2005. Mas o próprio ator reconhece que o papel não se desenvolveu.

Como o Ronildo de Duas Caras, no entanto, está longe de passar despercebido. E é sempre abordado de maneira carinhosa, ao contrário do que pensava, já que o personagem é um mau-caráter que poderia atrair a antipatia do público.

"Chegam dizendo que sou muito mau na novela mas que sabem que sou bonzinho, porque me viram na Dança dos Famosos", diverte-se. No quadro do Domingão do Faustão, Rodrigo foi o campeão da competição e teve sua trajetória de vida mostrada no programa.

Rodrigo, aliás, procura encarar o assédio com muita naturalidade. Para ele, sua origem simples, a criação que recebeu da família e seus amigos do interior de Santa Catarina não o deixam tirar os pés do chão. O ator se considera o mesmo Rodrigo Dito de sempre, como era chamado por lá.

"A diferença é que minha profissão me faz ser conhecido por todo mundo, mas não é por isso que sou mais especial do que os outros", defende.

Avesso a muitas badalações, ele prefere levar uma vida tranqüila, do trabalho para casa. Em relação a autógrafos e fotos, porém, não tem frescuras. "Me propus a trabalhar na televisão e as pessoas vão me abordar. Não há problema nenhum nisso", afirma o rapaz.

Fonte: TV Press


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