A Rede Record obteve direito de resposta na seção "Painel do Leitor", da Folha de S.Paulo desta sexta-feira (29), por nota veiculada na Ilustrada, caderno especializado em cultura do jornal.
A nota "Caiu do Céu 2", publicada na última quinta-feira (28) pelo jornalista Daniel Castro, na coluna "Outro Canal", informava que o modelo de publicidade da emissora de Edir Macedo permitiria "comerciais de graça por um ano inteiro" em troca de aquisição de pacotes. De acordo com a nota, a regalia seria dada apenas a grandes anunciantes que hoje são clientes habituais da TV.
Diante disso, Ricardo Frota, gerente nacional de comunicação da Rede Record (São Paulo, SP), respondeu ao jornal, e informou que a prática de estender veiculação a partir da compra de um determinado pacote é "natural" no mercado.
Na resposta, ele afirmou que "a Record é uma emissora comercial e fechou o ano passado com um faturamento aproximado de R$ 1,4 bilhão, oriundo de anunciantes. Para anunciar na Record, é necessário investir, ou seja, não oferecemos 'comerciais de graça por um ano inteiro'".
Para Frota, "os 'anunciantes que relatam' a situação certamente desconhecem ou não anunciam na Record". A emissora explicou que existe uma estratégia comercial, natural na Record e em outros veículos de comunicação, na qual o cliente pode negociar a aquisição de um "pacote" de publicidade que contemple patrocínio de um detemrinado programa e volume de mídia ao longo do ano.
E reiterou, referindo-se à Rede Globo, que "o que é condenável são práticas de 'dumping' realizadas por uma concorrente que, no desespero de impedir o crescimento de audiência e faturamento da Record, prefere intimidar e ameaçar seus cilentes sob o pretexto de redução de desconto ou prestígio".
A Record termina o texto de direito de resposta com questionamentos que alfinetam a Rede Globo: "A audiência dessa mesma concorrente diminuiu consideravelmente. Será que os clientes não questionam? Não pedem descontos e outras vantagens?"