O incêndio é de mentirinha. Mas a estrutura mobilizada para dar suporte a gravação de Chamas da Vida, próximo folhetim da Record, lembra um acidente real.
Cinco carros de bombeiros, 15 homens da corporação à disposição da equipe, aproximadamente 37 mil litros de água utilizados e cerca de 300 pessoas entre técnicos, figurantes e atores dão à cena uma grandiosidade que impressiona até quem já atua há algum tempo em novelas.
"Sempre fiz as mocinhas calminhas. Gravar em meio a esse monte de explosões é uma novidade para mim. E é emocionante", empolga-se Juliana Silveira.
Na trama de Cristianne Fridmann, ela mais uma vez será a mocinha, de nome Carolina. Mas desta vez se envolverá em algumas aventuras, como escapar desse incêndio usando equipamentos de rapel.
A seqüência que mostra a fictícia fábrica de sorvetes GG sendo tomada pelo fogo vai ao ar logo no primeiro capítulo da história e confirma uma rotina que já está se tornando tradição na Record: novelas repletas de ação.
A personagem Carolina volta ao local para apanhar a máquina fotográfica que havia esquecido na empresa de seu pai. O fogo começa e ela fica presa no local. Ao todo foram quatro noites de gravação, realizadas em uma antiga fábrica de doces no bairro de Santo Cristo, no Rio de Janeiro, sob o comando do diretor Edgard Miranda.
Para reproduzir as janelas de vidro do prédio, foi utilizado acrílico, capaz de evitar acidentes. Os refletores também foram cobertos com uma espécie de plástico vermelho para simular fogo.
Mas houve fogo de verdade, e muito, durante os trabalhos. "Parece cinema", afirma Roger Gobeth, que interpreta o bombeiro Guilherme na trama.
"Mas é uma brincadeira muito séria e é muito bom ter o apoio de quem é especializado nisso", complementa o ator, referindo-se aos bombeiros de verdade que participam da gravação.
Os bombeiros reais pertencem ao grupamento do Campo de Santana, do Centro do Rio de Janeiro, e são comandados pelo tenente Rios. Durante uma semana, os atores que vão encarnar os bombeiros na história passaram por um treinamento no batalhão e conheceram o dia-a-dia de trabalho desses profissionais.
"Já rola até uma amizade entre a gente. Acho legal retratar esses profissionais porque eles têm muita credibilidade em nosso país", defende Raymundo de Souza, que na história vive o Coronel Eurico Camargo.
Foi uma verdadeira troca de experiências, já que os verdadeiros bombeiros também experimentaram pela primeira vez como é atuar. "Rola adrenalina porque tem muito efeito especial. Mesmo sendo ficção, a gente incorpora a situação", explica o tenente Rios.
O mocinho de Chamas da Vida está nas mãos de Leonardo Brício, que viverá o bombeiro Pedro. É ele quem consegue salvar a personagem Carolina. "É um reencontro muito especial depois de tanto tempo sem se verem", conta Leonardo, dominado pelo momento dramático da história.
Mas o romantismo fica mesmo por aí. Porque o corre-corre continua sob o comando do diretor Edgard Miranda.
"Vocês vão me dar o sinal na hora certa ou vou ter de ir até aí fazer? Isso aqui é uma gravação, não um exame psicotécnico", grita Edgar ao pessoal que comanda uma das explosões. Uma mostra de que em meio a tanto fogo, até o sangue esquenta.
Créditos: TV Press