Quem não tem garante: dinheiro traz felicidade. O campeão do ‘Big Brother Brasil 8’, Rafael Ribeiro, o Rafinha, é a prova de que o ditado não é tão verdadeiro assim. Três semanas após o fim do reality show, ele falou sobre sua temporada na casa.
Ao lado da namorada, Luísa Blatter, e do irmão, Samir, Rafinha chegou para a entrevista, quarta-feira, após passar a tarde gravando a Rádio Pinel, do programa ‘Mais Você’. Por sua rotina intensa, a idéia era ir ao quarto para mostrar suas malas de viagem e descobrir como aquele menino risonho encantou o Brasil.
De cara, o ‘brother’ rejeitou a proposta, alegando que abriu as portas de sua casa, em Campinas, mas a experiência foi ruim. Rafinha seguiu, então, para a piscina, no 16º andar do Hotel Windsor, na Barra, onde se hospeda quando vem a trabalho para o Rio.
De olhar triste e longe daquele jeito moleque que conquistou 50,15% de 75 milhões e 637 mil votos na final do programa, Rafinha fala cautelosamente, pesando as palavras e sério, muito sério. “Saiu muita coisa na imprensa que me deixou chateado. Fico até com receio de conversar com vocês, porque não estão me respeitando. Recebi gente até na minha casa, para depois meterem o pau em mim. Quando olho para vocês, não tenho como dar sorriso”, desabafa.
“Nem o pessoal da minha cidade falou bem de mim. Disse que o sucesso tinha subido à cabeça. Atendi umas 200 crianças na minha casa, doente, com dor de garganta... Cheguei a perder 5 kg e o pessoal lascando a lenha em mim. Falaram que mostrei o dedo para os fãs e eu não tinha nem saído do hotel naquele dia”, completa.
Nem o dinheiro enche os olhos do roqueiro: até agora ele não encostou no R$ 1 milhão do prêmio. Sua maior compra foi um iPod, com o lucro que tem tido com novos contratos. “Nem vou encostar nessa grana. Pretendo fazer dinheiro trabalhando. ‘Rádio Pinel’, minha banda, fiz desfile em Curitiba e tenho outro em Natal”, enumera ele, que dedica grande parte de seu tempo para conversar com fãs na Internet.
Mesmo depois de 20 dias longe da TV, o assédio não diminuiu em nada. Hospedado de frente para o mar, ele conta que há duas semanas tentou ir à praia, mas não conseguiu chegar perto da areia. “Queria conhecer o Cristo, mas ainda não consegui”, conta.
No fim do ensaio, com a vista da Praia da Barra ao fundo, foi sugerido a Rafinha que pulasse do alto do parapeito em direção ao fotógrafo. O irmão gritou de longe: “Pula para cá!”.
O que poderia ser uma brincadeira ganhou tom de preocupação com a resposta séria de Rafinha: “Se eu pudesse, eu pularia para lá”. Ele repetiu o salto mais duas vezes, pediu para encerrar e partiu. Antes, sempre educado, deu autógrafos e se despediu.
Fã incondicional do campeão, a estudante Fernanda de Carvalho, 12 anos, acompanhou a entrevista e tirou sua conclusão: “Amo o Rafinha, ele é lindo demais, mas ele está bem triste”, comentou, perplexa. “O carinho das pessoas é que está me mantendo de pé até agora. Essa fase pode acabar daqui a pouco, porque sou um ex-‘big brother’, sei que isso acaba”, analisa ele.
Créditos: Sabrina Grimberg / O Dia Online