A paisagem fascinante da Indonésia, a cultura da Índia e os costumes da China servirão de pano de fundo para as próximas novelas da Globo. Investindo em países tidos como exóticos, as produções miram não só no público nacional, mas no mercado para exportação, cada vez mais globalizado.
A partir de setembro, às 19h, Rodrigo Hilbert, Carolina Dieckmann e Paulinho Vilhena serão colírios para os olhos surfando nas ondas de Bali, na Indonésia, na trama de ‘Três Irmãs’. “Foi incrível gravar lá. O lugar tem uma força natural enorme. O povo e a cultura são bem diferentes”, diz Vilhena, que na viagem fez cenas de ação com Hilbert e Kayky Brito.
Em outubro, no horário das seis, Miguel Falabella começa a contar em ‘Negócio da China’ a história de um golpista que desvia um bilhão de dólares da máfia chinesa e passa a ser perseguido. Para atrair o público jovem e mostrar a arte milenar, a trama terá um grupo que pratica kung fu, com atores como Thiago Fragoso e Raoni Carneiro.
Mais do que mostrar belas paisagens, Glória Perez vai trazer, a partir de fevereiro no horário das 21h, o fascínio da cultura indiana em ‘Caminho das Índias’. “A novela vai despertar grande interesse por essa cultura milenar. Será um convite para viajar pela Índia, conhecer seus deuses, seus rituais, suas danças, seus costumes, seus pensadores, a medicina ayurvédica, a yoga, sua face moderna, sua indústria cinematográfica...”, enumera Glória, que terá Juliana Paes como a indiana protagonista, Maya.
Em vez de exótica, Glória Perez prefere chamar a cultura de ‘diferente’. “Exótica já é um termo preconceituoso. Aos olhos do cinema de Hollywood, nós também somos exóticos. Diria ‘diferente’. As pessoas tem uma curiosidade natural pelo diferente, pelo que não conhecem”, defende ela.
Em 2001, Glória fez de ‘O Clone’ sucesso de audiência, com médias de 60 pontos no Ibope. Mulheres lotavam academias à procura de dança do ventre e imitavam a maquiagem de Jade (Giovanna Antonelli), sem falar na popularização de expressões como ‘Insch Allah’ e ‘arder no mármore do inferno’.
E não foi apenas no Brasil que ‘O Clone’ se tornou fenômeno. Atrás de ‘Terra Nostra’, exportada para 94 países, e ‘Escrava Isaura’, vista em 79 lugares, ela é a terceira novela mais vendida no mundo, exibida em 77 países. “‘O Clone’ me abriu as portas do mundo.
Já escutei do presidente de uma grande TV que ‘O Clone’ era uma bíblia de como se fazer novela”, comemora a autora, que se emocionou com a carta de uma israelense na época em que a história sobre muçulmanos passou em Israel. “Eles estavam em plena guerra e ela dizia: ‘Obrigada. Quando começa ‘O Clone’, vivemos o momento de paz entre os ‘primos’”.
Créditos: Sabrina Grimberg