Rir é o melhor remédio para a audiência. Não à toa, a Globo estréia sua nova programação amanhã investindo cada vez mais no humor. Há tempos sem mexer na segunda linha de shows, que vai ao ar antes do ‘Jornal da Globo’, a emissora — que viu a concorrência crescer na TV aberta, com a Record, e na TV por assinatura — agora traz três novas séries.
“A liderança de audiência não é um objetivo por si só. É conseqüência de trabalho diário, feito com paixão”, definiu o diretor geral da emissora, Octávio Florisbal, em encontro em São Paulo.
A primeira novidade a estrear é o seriado ‘Casos e Acasos’, que entra às quintas-feiras após ‘A Grande Família’, com histórias que mudam por acontecimentos inesperados. O elenco varia a cada episódio — o primeiro traz Marcos Palmeira.
Às sextas-feiras, depois do ‘Globo Repórter’, será a vez de ‘Dicas de um Sedutor’, em que o humorista Luiz Fernando Guimarães vive conselheiro sentimental que faz as vezes de detetive e anjo da guarda das clientes.
Aos domingos, o ‘Faça Sua História’ ocupa com personagens típicos do subúrbio carioca o horário que já foi do ‘Sai de Baixo’ e do ‘Sob Nova Direção’, depois do ‘Fantástico’. Na trama, o taxista Oswaldir (Vladimir Brichta) ouve histórias de passageiros — Tony Ramos foi um dos que gravaram participação — e vive às voltas com a mulher geniosa (Carla Marins) e os filhos.
“No fim de julho, a programação terá novas mudanças por conta das Olimpíadas de Pequim e do horário eleitoral”, adiantou Florisbal.
Até o lançamento da TV digital é tratado com humor. Como ‘A Grande Família’ passa a ser captada em alta definição, o primeiro episódio é futurista, com os personagens imaginando como estará a vida deles em 2028. Na mesma linha, o ‘Toma Lá, Dá Cá’, que estreou ano passado, emplaca sua segunda temporada, às terças.
Para falar mais sério, no ano de centenário da morte de Machado de Assis, a emissora lança, em agosto, ‘Capitu’, microssérie de quatro capítulos baseada no romance ‘Dom Casmurro’ e dirigida por Luiz Fernando Carvalho.
Uma crítica à emissora é o horário tardio em que vão ao ar programas de música bem produzidos, como ‘Som Brasil’ e ‘Por Toda a Minha Vida’ — a estréia será com a história dos Mamonas Assassinas. “Gostaríamos de antecipar, mas há dois problemas: a falta de grade e o fato de a música ser muito segmentada. Nenhum gênero alcança nossas metas de audiência”, justificou Florisbal. Mas ele reconhece que produtos como ‘A Pedra do Reino’ ficaram abaixo das metas, ano passado: “Nesses casos privilegiamos a qualidade”, surpreende o diretor.