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Mariana Ximenes diz que não se arrepende de ter recusado papel em "Paraíso Tropical"

por jeferson, em 29/11/2008


Mariana Ximenes parece ligada na tomada. Agitada, a atriz não pára um minuto, seja dentro ou fora dos sets de gravação. Além de se dedicar à sofrida Lara, de "A Favorita", ela ainda arranja tempo para encontrar os amigos, dar entrevistas e participar de campanhas publicitárias. E tudo esbanjando um bom humor invejável. "As pessoas me perguntam se arranjo tempo para dormir. Às vezes não. Mas é importante desligar também. Eu tento", conta, aos risos.

Mas é graças a tanta animação que Mariana atribui o êxito de Lara. Afinal, haja disposição para enfrentar tantos problemas quanto a moça, que se divide entre as versões de Flora (Patrícia Pillar) e Donatela (Cláudia Raia). "É um prazer poder passar por todas as gamas de emoção: sofrimento, tristeza, raiva, ódio, felicidade, amor, paixão...", empolga-se.

Para a atriz, declaradamente apaixonada por personagens cheios de conflitos, é mais que um prazer encarnar uma jovem tão complexa, e ao mesmo tempo tão ética quanto a Lara. "Ela ressalta o caráter, a gana de enfrentar os problemas e não fugir deles, não inventar subterfúgios para poder justificar a vida", derrete-se. Segundo Mariana, depois de tudo o que a personagem já passou desde a estréia da novela, ela é até forte demais. "Acho que ela chora pouco até", opina, aos risos.

Para Mariana, o mais traumático foi ver "cair por terra" tudo o que ela pensava a respeito de Donatela, mãe de criação por quem ela era tão fascinada. "É por isso que, nessa novela, me surpreendo o tempo inteiro", diz. Por conta de tantos fatos novos e surpreendentes na vida da jovem, Mariana admite que procura manter uma postura imparcial quando perguntada sobre o desfecho da mocinha. "Porque, se fico esperando muita coisa, posso ser surpreendida e ficar triste. Então, fico aberta para o que o autor vai escrever. Não crio muita expectativa", conta ela, referindo-se a João Emanuel Carneiro.

Acostumada a interpretar mocinhas, Mariana admite que sente vontade de viver uma vilã em novelas. Mas, por ainda se considerar nova - ela tem 27 anos -, ela prefere "dar tempo ao tempo".

"Tudo tem seu tempo certo. Na verdade, tenho vontade de fazer todo tipo de personagem. Que venha tudo: para eu raspar a cabeça, para eu chorar, para eu fazer rir...", lista, entre risos. E quando o assunto é a vilã Bebel, de "Paraíso Tropical" - papel que ela dispensou e acabou ficando a cargo de Camila Pitanga - Mariana não mostra uma pontinha sequer de arrependimento. "Renunciei o papel conscientemente. E fiquei muito feliz pela Camila, que é uma de minhas melhores amigas e fez um trabalho brilhante", elogia.

Ciente de que, apesar de hábil, ainda tem muito a aprender como atriz, Mariana sabe a importância que tem a relação com o público. Por isso, está sempre aberta aos telespectadores, que, vira-e-mexe, a abordam. "Desmistifico. Assim, tiro a distância, a vontade que as pessoas têm de pegar, de encostar", ensina a simpática atriz. Ao invés de se chatear com o assédio, ela procura transformá-lo. Afinal, segundo ela, tudo pode ser usado como material de trabalho pelo ator. "Gosto de observar o comportamento e as reações humanas. Penso que sempre podemos tornar as situações a nosso favor", expõe.

Créditos: Carla Neves / PopTevê


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