Dificuldade para discernir letras, sílabas, palavras e seus respectivos sons, porém com um QI (quociente de inteligência) bastante acima da média. Estas são as principais características das pessoas afetadas pela dislexia, um distúrbio de aprendizagem que atinge de 5% a 17% da população mundial, segundo a ABD (Associação Brasileira de Dislexia).
A polêmica sobre o transtorno, estudado há mais de cem anos por cientistas de áreas como a fonoaudiologia e a neurologia, deve voltar à tona no Brasil. Isso porque, depois da Síndrome de Down e da Aids (esta última abordagem, bastante criticada), a Rede Globo vai falar da dislexia em "Duas Caras".
O papel de disléxica em "Duas Caras" caberá à atriz Bárbara Borges, que vai viver Clarissa, uma jovem disléxica que tem o sonho de ser juíza, mas sempre enfrentou dificuldades para estudar. Com o apoio dos pais, ela conseguirá passar no vestibular para o curso de direito.
O final feliz de Clarissa está longe de ser irreal ou uma utopia de novela. As pesquisas sobre o assunto já provaram que ser disléxico não significa ser ignorante ou ter dificuldade de aprendizado em todas as disciplinas.
Fonte: Folha Online