Com estréia marcada para terça-feira, às 23h, a Record - que negociou os direitos de exibição para produzir a versão brasileira do American Idol - reúne esforços para fazer do vencedor do programa Ídolos um verdadeiro nome nacional.
"Além de saber cantar e ter presença de palco, que já vem no pacote de quem entra no programa, os Ídolos têm que aprender a conviver com a pressão. Aturar o nervosismo e os nãos que vão receber ao longo da vida. Também é preciso aprender a não desistir", ensina o apresentador da atração, Rodrigo Faro, que também é cantor e acompanhou todas as audições em quatro capitais (Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Porto Alegre) para selecionar 89 dos 30 mil candidatos inscritos.
Diretora do programa, Fernanda Telles reforça o discurso de Faro: "Ídolos é uma panela de pressão. Não basta cantar as músicas bem, o candidato tem que ter a sua assinatura. É uma saga".
Para seu primeiro reality show na Record, Fernanda leva a experiência de ter dirigido o Popstar, atração do SBT que em 2002 formou o grupo Rouge - único nome de sucesso, ainda que passageiro, lançado por programas assim no Brasil. Nesses seis anos, a diretora viu o mercado fonográfico mudar - especialmente pelo crescimento da pirataria -, mas acredita que o campeão possa obter repercussão. "Nossa parte é fazer um grande programa de TV mostrando histórias de vida de cada um. A idéia é que o público perceba o quanto aquele artista é verdadeiro", explica Fernanda. O empresário Luiz Calainho, há 18 anos no mercado musical, compõe o corpo de jurados, ao lado da cantora Paula Lima e do diretor da gravadora Captain Music, Marco Camargo.
"Garanto que o vencedor será um talento, com carisma e verdade. A intenção não é escolher um produto de marketing", garante Calainho, sócio de duas grandes rádios e co-produtor musical.
Ele promete dar empurrãozinho na carreira do novo "ídolo". "Farei tudo o que estiver ao meu alcance para deflagrar esse sucesso, inclusive me relacionar com outros donos de mídia", promete o jurado estreante, que vai mostrar seu lado exigente. "Sou um cara que está sempre buscando a excelência. Posso até ser mais duro. Quem faz o que quer, ouve o que não quer", brinca.
Enquanto os jurados partem para o ataque, caberá a Rodrigo Faro fazer o papel de ombro amigo dos participantes. Mas o apresentador promete não deixar sua preferência transparecer. "É claro que eu, Rodrigo, vou ter meus preferidos - até porque entendo e gosto de música -, mas vou guardar para mim. Ninguém vai saber".