Os humoristas do Pânico, da Rede TV!, reinavam absolutos nos tapetes vermelhos e nos pesadelos das celebridades, mas desde abril passaram a dividir cena com o CQC, da Band, nos principais eventos da cidade. Na cerimônia de entrega do 2º Prêmio TDB!, no Rio de Janeiro, eles provaram que o clima é de total camaradagem.
"Não é concorrência, é oportunidade de ter mais um dia de humor na TV. Domingo tem o Pânico, segunda o CQC, terça, o Casseta & Planeta e assim por diante. A única diferença é que eles têm uma visão mais política", aponta Rodrigo Scarpa, o Vesgo, dando ênfase ao fato de o programa da Bandeirantes incluir candidatos e autoridades.
"Antes eram dois malas, agora são três", brinca Wellington Muniz, o Silvio Santos, que semanalmente encontra com algum dos engravatados na rua. Rafael Cortez, do CQC, diz que não há desavenças e chega a "rasgar seda" para os apresentadores da emissora concorrente: "Admiro o trabalho deles, sou fã mesmo".
Quem assiste em casa não imagina que os apresentadores se conhecem há nove anos. "Fizemos faculdade juntos", conta Rafael Cortez, contando que na época ficava com Juliana, irmã de Vesgo.
Além de se ajudarem quando não sabem nome dos entrevistados, costumam dar as caras nas reportagens do outro. Para Wellington, CQC impulsionou o Pânico: "A chegada deles trouxe novos ares, ajudou nosso programa".