Lázaro Ramos finalmente realiza o sonho de sua vida: interpretar ‘Romeu e Julieta’. Ou melhor, parte do sonho, já que não é a peça de Shakespeare que o ator leva ao palcos e, sim, um romance proibido na novela ‘Duas Caras’. “O romance de Evilásio com Júlia (Débora Falabella) é meio impossível, mas é muito bonito”, conta o ator, que não esconde a torcida para o casal ficar junto no fim.
Seu personagem é um homem dividido entre três mulheres. Além de Júlia, o líder comunitário ainda mantém um caso com Guigi (Marília Gabriela) e, futuramente, deve se envolver com Solange (Sheron Menezes), filha de Juvenal (Antonio Fagundes). “Cada uma delas preenche um tipo de amor na vida do Evilásio. Guigui representa o amor de mãe, é a que dá apoio e conselhos, e a Solange vai ser quase amizade, uma coisa mais fraternal. Estou muito empolgado com esses enlaces”, anima-se.
Lázaro acredita que a relação de seu personagem com Débora tem uma mensagem importante dentro da trama. “Esse namoro deve servir de exemplo que amor não tem cor, nem raça, nem nível social e que com um pouco de paciência e compreensão é possível derrubar barreiras e preconceitos”, defende.
Sobre a virada de seu personagem, o ator não opina. Mas defende a postura do líder comunitário que, em breve, vai se rebelar contra Juvenal (Antônio Fagundes), o ‘dono’ da favela. “Para mim, Juvenal é o anti-herói. Quando o poder público se ausenta, alguém tem que tomar conta da situação. O povo brasileiro precisa da figura do ‘grande pai’ e Juvenal cumpre esse papel. A questão é saber a que custo ele faz isso”, questiona.