Drica Moraes participa da minissérie no papel de Vânia. Nascida numa família de classe média, de origem italiana, vivia confortavelmente e alienada do mundo até se apaixonar por Tito. Aí, sua vida começou a mudar. Com ele, conheceu o paraíso e o inferno, não necessariamente nessa ordem. Sempre envolvido em política, Tito acabou preso pela repressão. Nessa hora, Vânia mostrou coragem surpreendente e fez tudo a seu alcance para libertar o marido. Quando conseguiu, com a ajuda de Benny, tratou de sair imediatamente do Brasil para um período longo de exílio. Detalhe: ao fugir da ditadura, levava um filho de colo e outro no ventre. No exterior, passou por várias privações. Para sobreviver, fez faxina, trabalhou em subempregos, mas, apesar do frio intenso, foi a época mais feliz da sua vida – afinal, estavam anônimos e o marido não vivia enfurnado nas velhas reuniões de partido como antes.
No entanto, em 1979, quando voltaram beneficiados pela anistia, tudo voltou a ser como antes. Tito sumia de casa, embrenhava-se no partido, e ela ficava sozinha cuidando dos filhos. Farta da solidão, do descaso, deu fim a seu casamento e foi para casa da mãe. Tomou horror a política. Acabou se casando novamente com Fernando, um homem riquíssimo que, ao contrário de Tito, adora as futilidades do mundo capitalista e sabe como bajular a esposa com mimos e carinhos.
Se Vânia ama Fernando como amava Tito, essa é uma outra história. Mas certamente o encontro da família, logo nos primeiros capítulos da minissérie, vai explicar melhor essa relação.