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"Chaves" há 25 anos fezendo sucesso na tela do SBT

por jeferson, em 09/09/2007


Quando você é criança, é uma coisa, quando você cresce, é outra". Em qual quer idade, Chaves, Chiquinha, Kiko, Dona Florinda, Seu Barriga, Nhonho, Seu Madruga, Professor Girafales, Bruxa do 71 fazem parte da memória afetiva de brasileiros e latino-americanos. Depois de 25 anos no ar, Chaves ainda tem fôlego para competir com os programas da concorrência. No dia 21 de agosto, durante 46 minutos, a emissora de Silvio Santos ficou em segundo lugar. Com 8 pontos de média e picos de 10 às 14h14, este é um dos três horários (5h30 e às 19h) em que a emissora exibe a novelinha tosca, sem qualquer refinamento estético, mas com a pureza intacta do mundo infantil. Chaves já registrou pico de 17 pontos. Hoje, a série reúne no mesmo sofá da sala duas gerações: pais e o filhos, que riem das piadas e confusões dos personagens chaplinianos e, às vezes, avós e netos. É o caso de Anaíde da Rocha, 79 anos, moradora do Flamengo. Ela não perde um capítulo, ao lado do neto, o estudante de direito Guilherme da Rocha, 23 anos. "Gosto de tudo, mas, principalmente, da implicância da Dona Florinda. O seriado lembra a minha infância", garante ela. Felipe Caruso, 22 anos, estudante do curso de comunicação social da PUC-Rio, não acha exagerado dizer que o melhor programa infantil hoje é Chaves. "Eu gosto porque explora o humor ingênuo das crianças. A série consegue reunir a comédia, o drama e o suspense", elogia o estudante, que não se cansa de reprisar o DVD que tem em casa.
Outra grande fã é a atriz Lucélia Santos, que tentou comprar os direitos para produzir com atores brasileiros o Chaves no Brasil. Pensou até em convidar Ney Latorraca para o papel principal, mas esbarrou na incrível burocracia da Televisa.

"Adoro o Chaves, é puro e lindo. É o único programa de TV que me faz parar. É bárbaro, sempre dá audiência", elogia. Roselane Salomão, 25 anos, prestes a se formar na faculdade de medicina, em Campos, não esconde de ninguém que acaba de comprar vídeos da série. "Sou apaixonada pelo lado lúdico e pela inocência das mensagens. Quando era pequena, disse para minha mãe que eu queria morar na vila para brincar com o Chaves", conta. Recentemente, Roselane assistiu a uma entrevista com o autor, Roberto Bolaños, intérprete de Chaves, e ele confessou que escreveu a série para mostrar a superioridade das mulheres. "Chiquinha sempre arma e se dá bem em cima dos homens. Dona Florinda sempre bate no Seu Madruga e ele nunca revida. Gosto disso", confessa Roselane, fã do programa desde que tinha 4 anos.

Os episódios que os estudantes e alguns dos internautas (leia ao lado) mais gostam foram os gravados em Acapulco, uma mudança importante já que todos os outros programas foram feitos nos estúdios da Televisa. "Além de fugir da vila, mostrou as crianças brincando na piscina", lembra a futura médica. O mais triste, recordam os aficcionados, foi ver todos os vizinhos voltando para o hotel, deixando Chaves totalmente sozinho na praia, enquanto o sol sumia no horizonte.

Fonte: Jornal do Brasil


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