Cauã Reymond quer conquistar além das novelas

O ator Cauã Reymond está empenhado em prestigiar o circuito dos festivais de cinema e na divulgação dos filmes que participa --só neste ano são cinco. No Festival de Miami, participou da exibição de "Se Nada Mais Der Certo", de Eduardo Belmonte. Iniciante e sortudo, como ele mesmo se intitula, Cauã diz que fazer cinema é contrapartida ao trabalho da TV e uma forma de conhecer um público distinto do da "novela das oito".

"Tenho tido sorte de certa forma [em referência aos sete filmes que já fez]. Adoro fazer televisão, que permite um contato com o público que só a TV permite. Mas percebo que faço um intercâmbio de informação com um público diferente a partir do cinema. E que tenho oportunidade [no cinema] de fazer personagens que não podem ser retratados para o público em geral", conta o ator.

Segundo ele, o cinema autoral --aquele menos comercial-- também permite se apresentar como ator ("iniciante") a um público que não assiste à televisão aberta.

"É uma forma de balancear com a TV, que é muito comercial", diz. "O cinema vai para outro público que menospreza a televisão. Há pessoas que não assistem mais tanta TV aberta, ficam no DVD ou na TV a cabo, não veem novela. É uma forma de chegar até eles", avalia.

Segundo ele, a aposta no cinema é resultado de sua inquietude e uma forma de ampliar a atuação e ser reconhecido além da televisão.

"Sou um cara muito inquieto. E cinema e teatro consolidam a carreira. Não é comum atores de TV no cinema, se comunicando com vários veículos. Pessoas mais inquietas deixam o trabalho mais colorido", diz, citando os colegas Selton Melo, que dirigiu "Feliz Natal", filme também exibido no Festival de Miami.

Cauã Reymond pondera que é um "iniciante" no cinema e que participar do circuito de festivais é uma forma de trocar experiências e conhecer outras pessoas da área.

"Sou iniciante e estou gostando muito de poder viajar e conhecer outras pessoas que fazem cinema", disse Cauã, que recentemente esteve no Festival de Cannes com o filme "À Deriva", de Heitor Dhalia, e em Paris com "Se Nada Mais Der Certo".

Com informações da Folha Online.