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Cauã Reymond diz que morte da mãe impactou em atuação como D. Pedro I

Ator também comenta como se sentiu nas cenas de nudez.

por Redação, em 19/07/2022

Cauã Reymond diz que morte da mãe impactou em atuação como D. Pedro I

Cauã Reymond chegará aos cinemas na pele de Dom Pedro I, em “A Viagem de Pedro”, no dia 1º de setembro. Antes disso, o Portal de Entretenimento da Globo traz com exclusividade cartaz e trailer oficiais do longa, escrito e dirigido por Laís Bodanzky. Além de protagonizar, o ator assina a produção do filme e diz que não poderia estar mais realizado com esse trabalho.

"Sensação de poder contar essa parte importante da nossa história sob o olhar feminino da Laís Bodansky. O 'nosso' D. Pedro é retratado como um homem fragilizado e vulnerável."
"Ao longo da nossa história, fomos acostumados a olhar para esse imperador como um homem viril e imperativo, mas relatos e fatos históricos omitidos da nossa História nos mostram que não era bem assim", pontua Cauã, que surgirá no telão exatamente como descreve: debilitado emocionalmente.
Não só o personagem, o ator também estava fragilizado na época das filmagens por conta da perda da mãe, Denise Reymond, vítima de câncer no ovário.

"Tive um trabalho emocional intenso. Foi inclusive o período em que eu perdi minha mãe… Tem muita coisa desse momento ali no filme."
"Foi um processo de muito estudo. Mergulhei no universo e na história daquele tempo para reconstruir junto com a Laís essa travessia Brasil/Portugal num momento muito delicado para D. Pedro."

Nudez em cena

Em algumas passagens do longa, Cauã aparece nu. Mas garante que isso já não é uma questão para ele:

"Acho que a maturidade chega e várias coisas, que antes eram tabu, acabam se tornando mais tranquilas. Eu sempre estive disponível para cenas nesse sentido… Se for importante para contar aquela história e estiver no contexto do personagem, por que não?"
O filme se passa no Oceano Atlântico, a bordo de uma fragata inglesa na qual se misturam membros da corte, oficiais, serviçais e escravizados, numa babel de línguas e de posições sociais. Pedro se vê doente e inseguro. Entra na embarcação em busca de um lugar e uma pátria. Em busca de si mesmo.

"O filme fala sobre o momento em que D. Pedro deixa o Brasil para retomar seu império ameaçado em Portugal. A maior parte se dá no mar, portanto ele foi todo filmado para dar essa ideia de que os personagens estavam numa caravela a caminho de Portugal", explica Cauã.

No elenco, a artista plástica Rita Wainer estreia como atriz no papel de Domitila. Também tem nomes internacionais como a alemã Luise Heyer ("Dark"), o ator irlandês Francis Magee ("Game Of Thrones"), o luso-guineense Welket Bunguê. Mais o diretor de arte inglês Adrian Cooper, e o diretor de fotografia espanhol Pedro J. Márquez, responsáveis pelo trabalho de reconstrução de época. Para Cauã, essa mistura cultural e de idiomas no set enriqueceram ainda mais a produção:

"Isso é uma das coisas que mais gosto nessa profissão, estar em contato com pessoas diferentes e de culturas variadas… Tanto os atores de fora quanto o elenco brasileiro, foram de uma riqueza importantíssima para o filme."
"Boa parte da filmagem se deu numa plataforma que simula o balanço do mar… Foi um desafio e todos se entregaram ao processo."

Carreira no exterior

Cauã não descarta atuar fora do país, mas revela o motivo de sua principal dificuldade em investir nisso: a distância da filha Sofia, de 10 anos, fruto da relação que teve com Grazi Massafera.

"Se isso acontecer, será um movimento natural. Tenho dificuldade de estar longe da minha filha, então seria um grande desafio para mim."
Cinema nacional
“A Viagem de Pedro" aborda a vida privada de Dom Pedro I, o momento em que o ex-imperador retorna para Portugal, em 1831, fugindo de ser apedrejado pelos brasileiros, nove anos depois de proclamar a Independência do Brasil. A viagem descontrói a imagem de herói, responsável por tornar o Brasil um país continental as custas de muita opressão.

O filme é produzido por Biônica Filmes, Buriti Filmes, O Som e A Fúria, com coprodução da Globo Filmes, e entra em cartaz na semana do bicentenário da Independência.


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