João Emanuel Carneiro, autor da novela global A Favorita, conta ao jornal Folha de S.Paulo que se inspirou em si mesmo para criar a vilã Flora (Patrícia Pillar). "Todos nós temos um lado sombrio. Muita gente me fala que tem medo da Flora. Deviam ter medo é de mim", diz.
Segundo ele, escrever frases e expressões cruéis da personagem funciona como fazer psicanálise. "O bom de escrever novelas é que você pode exorcizar esse lado sombrio na ficção", afirma.
Carneiro reforça a idéia de que Flora não é uma vilã clássica, já que passou 56 capítulos defendendo uma possível heroína. A personagem de Patrícia Pillar foi criada para mostrar que as aparências enganam.
Ele descreve Flora como um "aleijão". "Não tem auto-estima. É incapaz de despertar o amor em alguém: no pai, num homem, na filha. Em seu discurso, ela se coloca como eterna rejeitada, como vítima", diz.