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Atriz de "Caminhos do Coração" comemora sucesso como mutante

por jeferson, em 11/05/2008


Patrícia Dejesus faz tudo para parecer mais explosiva que sua personagem mutante em Caminhos do Coração. Na pele da mulher-choque Perpétua, ela emite raios e vibrações na trama que em junho vira seriado na Record.

Apesar de acabar de estrear como atriz, a paulistana já comemora 14 anos como modelo internacional, desde que estreou numa campanha mundial da marca Benetton.

A vivência em mais de seis países por onde morou, além de ter começado a trabalhar aos 13 anos de idade numa loja, fez com que Patrícia sempre se sentisse estimulada a ocultar qualquer fragilidade.

"A Perpétua é muito doce e ajuda os amigos, apesar de parecer durona ao dar choques e emitir raios. Minha personalidade é muito mais forte. Imagina se eu ia ficar numa ilha deserta sem chapinha e sem tomar banho!", exemplifica a atriz.

Confirmada para a continuação da história, que passa a ter o nome de Caminhos do Coração - Os Mutantes, Patrícia mal acredita que conseguiu renovar seu contrato com a emissora até o início de 2009.

Perpétua, que começou em aparições quase bissextas na trama, tem ganhado destaque. "Gravo quase todos os dias. Os mutantes viraram elite na história", orgulha-se, cruzando as pernas longilíneas.

Aos 30 anos de idade, a atriz interpreta uma personagem de 20 anos que, apesar de mutante, é bastante emotiva. "Sou durona. Não consigo chorar na frente das pessoas. Só desabafo com o travesseiro. Por isso é tão difícil fazer cenas que demonstram fragilidade", afirma.

Segundo a modelo da Agência Ford, uma conversa com seu pai no início da adolescência fez com que Patrícia virasse uma menina aparentemente mais destemida. "Meu pai me obrigou a trabalhar desde pequena, mesmo não precisando. Eu odiava. Ele dizia que além de mulher, eu era negra e que teria de ser forte para me dar bem na vida", lembra a atriz.

Pouco tempo depois, Patrícia foi abordada na rua por uma agente da Ford que a convidou para o casting de uma campanha da marca Benetton, em 1994. Mas, quando chegou ao local, se deparou com uma seleção com mais de 300 meninas.

"Já tinha desistido. Fiz meia volta e dei de cara com a agente que me parou na rua. Ela me passou na frente de todas no teste e ganhei a campanha", diverte-se, com cara de moleca.

Depois dos primeiros cliques, Patrícia passou grande parte de sua vida se dividindo entre cidades como Nova Iorque, Miami, Paris, Milão e Buenos Aires, trabalhando para grifes relevantes na moda internacional.

"Até que resolvi ser atriz. Fiz dois anos de aulas de interpretação em São Paulo com intenção de fazer teatro. Mas pintou o teste da Record e a Ford me avisou. Ainda nem estava preparada", constata ex-modelo, que teve de se mudar para o Rio para as gravações da trama.

Com 1,75 m de altura distribuídos em 53 kg, Patrícia não liga mais tanto para a forma física como na época em que era modelo e mantinha parcas curvas com partidas de futebol de salão.

Atualmente, sua maior preocupação tem sido aulas de teatro e a procura por cursos de lutas e expressão corporal para tentar dispensar as dublês nas cenas que exigem mais agilidade.

"A Perpétua vai estar com a macaca nessa nova fase da história. Quero me preparar fisicamente para isso", promete, mas sem disfarçar uma pontinha de saudades de quando só precisava fazer poses para ganhar a vida.

"Quantas modelos negras já tiveram sua foto com cinco metros de altura estampada numa campanha na esquina das ruas Faria Lima com Avenida Rebouças, em São Paulo?", indaga, com as mãos na cintura.

Créditos: TV Press


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