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"Amor e Intrigas" agrada o público e ganha espaço às 22h

por jeferson, em 29/03/2008


Pouco mais de quatro meses desde sua estréia, Amor e Intrigas, da Record, sustenta-se com muito mais do que uma boa história. Tem várias. O conflito entre as irmãs Alice e Valquíria, personagens de Vanessa Gerbelli e Renata Dominguez, pode dominar o folhetim, mas ainda sobra espaço para tramas diferentes.

E é aí que outros atores têm a possibilidade de se destacar, como Cláudio Gabriel, intérprete do malandro Jurandir, e Manoelita Lustosa, na pele da extravagante Telma.

Escrita pela estreante Gisele Joras, Amor e Intrigas chegou a registrar 10 pontos de média com 13 de pico no último sábado. Números razoáveis para a novela, que está sendo bem conduzida pelo diretor Edson Spinello.

Em meio a todas as vilanias cometidas na novela por Petrônio, de Heitor Martinez, e Valquíria, de Renata Dominguez, o núcleo da pensão é que sopra um pouco de ar fresco à história.

O triângulo amoroso de Celeste, de Denise Del Vecchio, Anselmo, de Luiz Guilherme, e Telma, de Manoelita Lustosa, oferece os momentos mais divertidos da novela, com destaque para última atriz, que age com uma espontaneidade fora do comum. Ainda há boas atuações, em especial, da convincente Laila Zaid, que vive a determinada Janaína.

Em se tratando de boas cenas, vale lembrar as protagonizadas pelos atores Cláudio Gabriel e Francisca Queiroz, nos papéis do bandido Jurandir e da mimada Alexandra, como seqüestrador e seqüestrada.

Gabriel vem acertando o tom de sua interpretação sem ser forçado ou caricato. Renata Dominguez, a intérprete da mau caráter Valquíria, mostra-se esforçada e defende sua personagem com paixão, faltando apenas aparar algumas arestas.

Como a novela gira em torno do embate entre as irmãs Alice e Valquíria, era de se esperar que as personagens ganhassem mais foco do que os demais.

Gisele Joras, porém, ofereceu boas histórias paralelas. Entre elas, o drama vivido por Marília, de Silvia Bandeira, que sofre com os efeitos colaterais de uma radioterapia.

A glamourosa Eugênia Dutra, papel de Maria Cláudia, e seu interesse por um garotão mais novo, o escritor Paco, de Sergio Menezes, também faz a atenção de "Amor e Intrigas" se voltar em outra direção.

No final das contas, a história corre com alguma fluidez e o texto consegue prender a atenção. O deslize fica por conta das repetidas declarações de amor de Pedro, vivido por André Bankoff, à mocinha Alice. Ainda assim, a atuação de Bankoff dá demonstrações de crescimento de Bicho do Mato para cá.

Os cenários da novela têm boa qualidade, mas não custa nada alterná-los mais vezes com seqüências em externa. A trilha sonora é gostosa de ouvir, em especial a versão do cantor Sonekka do hit Ela só pensa em beijar, de MC Leozinho.


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