Se hoje é fácil ligar o nome de Rafinha Bastos à tevê, o mérito pertence ao "CQC". No início de sua segunda temporada, o programa exibido pela Band nas noites de segunda-feira transformou o apresentador em rosto conhecido. "Recebi muita proposta para fazer tevê e só aceitei essa porque achava que era algo com espírito diferente. Eu só poderia ir para um programa que tivesse a minha cara", conta. Uma cara irreverente e que continua ganhando destaque. "Muita gente deve estar assistindo pela primeira vez e teve a oportunidade de ver um programa de qualidade e criativo, dentro da nossa lógica de fazer tevê", acredita.
A observação ganha força diante dos números do Ibope: a reestreia do programa, no dia 9 de março, teve média de seis pontos, pico de oito, e colocou a Band em terceiro lugar na audiência. A situação se repetiu na última semana, quando o segundo "CQC" de 2009 esteve no ar. O discurso de Rafinha, porém, está longe de uma comemoração exacerbada pelo bom desempenho. "A gente nem se liga muito nessa coisa de audiência, do fundo do coração", diz ele, com voz serena, referindo-se aos oito integrantes da produção - entre eles, os colegas de bancada Marcelo Tas e Marco Luque. "É muito bom que estejam nos assistindo, óbvio. Mas não é o que nos move. O que queremos é apresentar um bom conteúdo", garante.
A missão não é fácil, mas conta com aliados. Além da experiência de quem está à frente das câmaras, Rafinha também destaca o trabalho dos roteiristas. As piadas contadas pelos apresentadores não vêm só da criatividade e a irreverência deles. "A gente tem liberdade para brincar da maneira que quiser. Mas tem muita coisa que precisa ser dita, então tem um roteiro", revela. Com a missão de preparar esse "guia", Alex Baldin e Marco Aurélio Góes dos Santos trabalham com foco no trio que comanda o programa. "Eles são muito bons. São pessoas que conhecem a nossa personalidade, o nosso tipo de humor. Eles já sabem com quem aquela piada funciona", enfatiza.
Créditos: PopTevê