“O Agente Secreto”, estrelado por Wagner Moura, é o indicado do Brasil ao Oscar 2026

O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho e Wagner Moura, será o representante do Brasil no Oscar 2026 de Filme Internacional.

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Cena do filme O Agente Secreto. Foto: Divulgação
Cena do filme O Agente Secreto. Foto: Divulgação

A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais confirmou nesta segunda-feira (15) que o longa “O Agente Secreto”, dirigido por Kleber Mendonça Filho e estrelado por Wagner Moura, será o representante oficial do Brasil na disputa por uma vaga ao Oscar 2026 na categoria Melhor Filme Internacional. A cerimônia acontece em 15 de março de 2026, em Los Angeles.

Embora seja o escolhido, o filme ainda precisa enfrentar a seleção internacional da Academy of Motion Picture Arts and Sciences (AMPAS), que definirá os cinco finalistas. No Brasil, a estreia do longa está prevista para 6 de novembro de 2025.

O filme ambienta-se no Carnaval de 1977, em Recife. Moura interpreta Marcelo, um viúvo e pesquisador de tecnologia que, perseguido por mercenários e fantasmas do passado, precisa fugir do país com o filho pequeno. Ao lado dele, surge Elza, vivida por Maria Fernanda Cândido, além de nomes como Gabriel Leone, Carlos Francisco, Alice Carvalho, Hermila Guedes e até o alemão Udo Kier, também presente em Bacurau.

A produção conquistou destaque internacional no Festival de Cannes 2025, onde Wagner Moura foi premiado como Melhor Ator e Kleber Mendonça Filho recebeu o prêmio de Melhor Direção.

A recepção da crítica tem sido entusiástica. O jornal britânico The Guardian classificou o filme como “visual e dramaticamente soberbo”, além de “ambicioso, complexo e elusivo”. Já o Hollywood Reporter destacou a performance de Wagner Moura como “um retorno maravilhoso ao cinema brasileiro”.

O site The Playlist foi ainda mais enfático ao definir o longa como “obra-prima”, exaltando-o como o trabalho “mais ambicioso e monumental” da carreira de Mendonça Filho.

Concorrência e critérios de seleção

“O Agente Secreto” superou outros cinco títulos na disputa pela indicação nacional:

  • Baby, de Marcelo Caetano
  • Kasa Branca, de Luciano Vidigal
  • Manas, de Marianna Brennand
  • O Último Azul, de Gabriel Mascaro
  • Oeste Outra Vez, de Erico Rassi

A escolha obedece às regras da Academy, que exigem:

  • Filmes com mais de 40 minutos;
  • Produções feitas fora dos EUA;
  • Mais de 50% do áudio em idioma diferente do inglês;
  • Exibição comercial mínima de sete dias em salas de cinema;
  • Seleção realizada por comissões nacionais, compostas por artistas e especialistas da área.

O caminho até o Oscar

Após a inscrição oficial, cada longa entra em um processo de duas rodadas de votação. Na primeira, membros da Academia assistem a uma lista ampliada de filmes e definem os 15 semifinalistas, anunciados em dezembro.

Na segunda etapa, apenas cinco produções chegam à lista final de indicados. Nesse estágio, além da qualidade artística, o investimento em campanhas internacionais de divulgação torna-se crucial para atrair a atenção dos votantes.

A indicação de “O Agente Secreto” fortalece a presença do Brasil no cenário internacional, em um momento em que a indústria nacional busca consolidar espaço nos grandes prêmios de Hollywood. Em 2025, a categoria foi vencida por Ainda Estou Aqui, reforçando a alta competitividade da disputa.

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