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Em entrevista, Herson Capri diz que brasileiro não gosta de vilão

por jeferson, em 18/06/2011


“Para mim é difícil acreditar que o brasileiro goste de vilão", disse o ator

Em entrevista ao Portal Ego, Herson Capri comentou sobre a repercussão de seu personagem em "Insensato Coração". Ele sempre é convidado para interpretar vilões.

"Teve uma época em que fiz uns cinco ou seis seguidos. Aí pedi para não fazer mais. Só voltei a fazer esse tipo de papel porque a novela é ótima, e o Gilberto Braga é bom de vilão", diz ele garantindo que ainda não apanhou na rua por causa das artimanhas de seu personagem e que só tem recebido elogios.

Além de um bom papel, Herson conta com outro trunfo na hora de se “despoluir” da carga de seu personagem na TV. É no palco do teatro Nelson Rodrigues, onde reestreou a peça “Conversando com Mamãe”, na sexta-feira, 17, que ele vive as dores e as delícias de um filho cinquentão que se vê obrigado a voltar a morar com a mãe, vivida por Beatriz Segall.

"É um privilegio fazer esses dois personagens ao mesmo tempo. É bom porque o público pode me ver de uma outra forma. É claro que tem a parte cansativa de gravar uma novela das oito e depois ter que ir para o teatro, mas isso é trabalho. Faz parte", diz ele que já chegou a encarar uma rotina de gravação de até seis dias por semana no auge das vilanias de Cortez.

Questionado sobre o atual fascínio que os maus estão exercendo no público, o ator diz compreender a importância desse elemento em uma trama, mas se recusa a acreditar que as pessoas estejam querendo caminhar por onde é mais fácil e onde não valem as regras de boa conduta.

"Para mim é difícil acreditar que o brasileiro goste de vilão, embora tenhamos a cultura da malandragem e até a cultura de quebrar as regras, como a coisa de passar o sinal fechado e ultrapassar o limite de velocidade. Mas na hora da corrupção braba, não tem como achar bacana. Acho que depois que o Cortez matou a mulher dele, por exemplo, as pessoas começaram a encará-lo de outra forma, viram que aquele cara não estava de brincadeira, não era só um sacana. Mas entendo que os vilões sejam uma presença muito forte porque, nas novelas, quem conduz é o vilão", diz ele garantindo que leva muito bem as cenas mais duras do personagem.

Créditos: Eliane Santos, do Portal Ego.


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