Wagner Moura revela por que não quer voltar às novelas

Em campanha de “O Agente Secreto”, Wagner Moura fala sobre o afastamento das novelas e o favoritismo ao Oscar 2026.

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O Agente Secreto, estrelado por Wagner Moura. Foto: Divulgação
O Agente Secreto, estrelado por Wagner Moura. Foto: Divulgação

Em meio à divulgação de “O Agente Secreto”, filme cotado para o Oscar 2026, Wagner Moura falou abertamente sobre sua relação com a televisão e os motivos que o afastam das novelas. O ator, em entrevista a Hugo Gloss, contou que já recebeu convites para retornar à teledramaturgia, mas admite que considera a ideia pouco provável neste momento da carreira.

“Acho difícil. Fiz duas novelas que gostei muito e aprendi demais, mas é um compromisso enorme, quase um ano inteiro. É muito tempo”, afirmou.

Moura destacou que sua trajetória na TV é breve, mas marcante. Ele participou de apenas duas produções da TV Globo: “A Lua me Disse” (2004), escrita por Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa, e “Paraíso Tropical” (2007), onde viveu o inesquecível vilão Olavo. Segundo o ator, o formato das novelas exige uma dedicação intensa, incompatível com o ritmo de seus projetos atuais no cinema e em produções internacionais.

“Uma série, talvez, seria melhor. Demora menos”, explicou.

Novo filme e expectativa internacional

Em “O Agente Secreto”, que estreia nos cinemas brasileiros em 6 de novembro, Wagner Moura interpreta um professor universitário que retorna a Recife, em 1977, durante a ditadura militar, para reencontrar o filho. Ao chegar, descobre que está sendo vigiado por agentes do governo e precisa confrontar um passado repleto de segredos. O longa mistura thriller político, drama histórico e suspense de espionagem, abordando temas como memória, identidade e resistência.

A atuação de Moura tem gerado grande repercussão fora do país. A revista Variety o colocou entre os favoritos ao Oscar 2026, ao lado de nomes como Leonardo DiCaprio, por “Uma Batalha Após a Outra”, e Timothée Chalamet, por “Marty Supreme”. O brasileiro, no entanto, mantém uma postura serena diante do burburinho.

“Eu fico feliz. Mas tô tranquilo também, essas coisas você não pode ficar... Uma notícia boa dessa eu fico feliz. Fico achando ótimo”, disse ao Hugo Gloss.

Apesar da empolgação dos críticos, o ator afirma que encara o reconhecimento com equilíbrio.

“É igual quando acontece um ataque, e as pessoas falam mal de mim. Essas coisas não podem mexer com você, nenhum dos lados, sabe? Você tem que... Eu, comigo, mantenho minha integridade, meu equilíbrio”, declarou.

Visão sobre a temporada de premiações

Com o nome em alta entre os especialistas de Hollywood, Wagner Moura prefere adotar cautela e evitar euforia. Para ele, o caminho até o Oscar ainda é longo.

“Essa coisa do Oscar, tem muito chão ainda, tem muita coisa pra acontecer. Daqui a pouco a temporada de premiação vai começar, aí vai ter o Globo de Ouro. Aí você vai sentir uma temperatura mesmo. Por enquanto eu fico feliz, mas ainda é muita especulação, muito hype”, ponderou.

A fala reflete a postura constante de Moura: gratidão e lucidez diante do sucesso, sem deixar que as expectativas externas definam seus próximos passos.

Contexto e carreira

Com uma trajetória consolidada no cinema nacional e internacional, Wagner Moura é reconhecido por papéis emblemáticos, como Capitão Nascimento, em “Tropa de Elite”, e Pablo Escobar, em “Narcos”, da Netflix. O ator baiano tem investido em produções com forte carga política e social, reforçando seu compromisso com narrativas que dialogam com a história do Brasil.

Em “O Agente Secreto”, ele volta a um território que domina: o das obras que provocam reflexão sobre o país, seus fantasmas e suas contradições. A estreia do filme promete movimentar a temporada cinematográfica nacional e pode marcar mais um passo importante na consolidação de Wagner Moura como um dos nomes brasileiros mais respeitados em Hollywood.

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