
Três meses antes da estreia do desfecho mais aguardado da teledramaturgia recente, a Globo já sabe quem matou Odete Roitman (Débora Bloch). A revelação foi feita pela própria autora Manuela Dias, em entrevista ao Fantástico, onde confirmou que apenas ela e o diretor artístico Paulo Silvestrini têm conhecimento do verdadeiro culpado. Desde então, os dois conduzem um esquema rigoroso para manter o segredo sob total sigilo.
Nos Estúdios Globo, a cúpula da emissora implementou protocolos especiais para impedir que qualquer detalhe da cena final chegue à imprensa antes da hora. O plano inclui restrições de acesso ao roteiro e gravações em ambiente controlado.
Executivos chegaram a divulgar que dez finais diferentes teriam sido gravados — uma estratégia clássica para despistar o público e evitar spoilers, embora fontes internas considerem improvável que tantos desfechos tenham realmente sido filmados.
Medidas desse tipo fizeram parte do cotidiano da Globo nas décadas de 1980 e 1990, especialmente em tramas como Vale Tudo (1988) e A Próxima Vítima (1995), quando o suspense sobre o assassino sustentava índices históricos de audiência. Nos últimos anos, o controle sobre vazamentos tornou-se mais brando, mas casos de grande repercussão, como este remake, ainda recebem atenção redobrada.
Rumores e descartes entre os suspeitos
Entre os nomes cogitados pelo público, Maria de Fátima (Bella Campos) é uma das principais apontadas. No entanto, fontes próximas à produção adiantam que a personagem deve ter um “final feliz”, coroando sua ambição e trajetória. Isso a afasta da lista dos possíveis assassinos de Odete, que continua restrita a poucos personagens-chave da trama.
Final marcado e expectativa de audiência
A última semana de Vale Tudo promete movimentar o horário nobre. O capítulo final irá ao ar em 17 de outubro, e sua sucessora, Três Graças, estreia no dia 20, herdando uma das missões mais desafiadoras da TV brasileira: manter o engajamento e tentar elevar a audiência da principal faixa de novelas da Globo.
O remake, até aqui, mantém média sólida, relembrando o impacto cultural da história de ética e corrupção que marcou gerações. A estratégia de sigilo total reflete não apenas a tentativa de reproduzir o sucesso do passado, mas também de adaptar o mistério à era digital — em que qualquer detalhe pode se espalhar em segundos.

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