
No dia 8 de julho, a TV Globo exibe um dos tributos mais esperados da música brasileira. O cantor e compositor Jorge Aragão, ícone do samba, será o homenageado da nova edição do especial ‘Som Brasil’, apresentado por Pedro Bial. Em uma noite de festa, emoção e reconhecimento, o programa resgata cinco décadas de contribuição do artista à cultura brasileira.
Gravado no Armazém da Utopia, no coração da Zona Portuária do Rio de Janeiro, o especial celebra a vida e obra de Aragão com participações de nomes que marcam diferentes gerações: Alcione, Zeca Pagodinho, Djonga e o grupo Fundo de Quintal, entre outros.
🎤 Uma noite histórica para o samba
Com público de mais de 350 pessoas, o cenário recriado com luzes e referências à estética do samba serviu de palco para uma verdadeira celebração. Entre performances emocionantes e conversas íntimas, Jorge Aragão, aos 76 anos, refletiu sobre sua trajetória:
“Me sinto como parte de uma árvore que envelhece, mas que ainda mantém a casca firme. Poder cantar minhas canções de tantos anos e ver o público junto comigo… não tem preço”, declarou o artista visivelmente comovido.
Da juventude nos bailes ao palco da história
Durante o bate-papo com Pedro Bial, Aragão compartilhou histórias de bastidores e curiosidades sobre sua formação musical. Antes de se consagrar no samba, tocava em bailes e casas noturnas com predominância do rock. Seu primeiro contato com a essência do samba veio pelas ruas:
“Minha mãe não deixava ir à escola de samba. O que eu ouvia era o vento trazendo o som da Mocidade. Só fui me aproximar mesmo quando pisei no Cacique de Ramos”, lembrou.
Ali, começou a transformar toda sua bagagem musical em uma nova linguagem: o samba de pagode, estilo que ajudou a consolidar ao lado do grupo Fundo de Quintal, do qual foi um dos fundadores. Seu talento para composição inovou o gênero, unindo instrumentos tradicionais a novos elementos, como o banjo com braço de cavaquinho, o tantã e o repique de mão.
🎶 A música nasce da melodia
Uma das revelações feitas por Pedro Bial durante o programa foi sobre o método de composição de Aragão:
“Fiquei surpreso ao saber que ele começa sempre pela melodia. A letra vem depois, às vezes só anos depois, quando encontra as palavras certas para aquela música.”
Essa sensibilidade poética está presente em canções que marcaram gerações, como “Malandro”, “Coisinha do Pai” e “Coisa de Pele”, que ganham nova vida nas apresentações especiais do programa.
💬 Histórias, encontros e superações
O especial também abre espaço para memórias com grandes nomes da música, como Beth Carvalho, Dona Ivone Lara e Elza Soares, além de momentos da vida íntima do artista. Jorge fala sobre desafios enfrentados recentemente com a saúde, o impacto das notícias no dia a dia e revisita momentos marcantes do passado.
Bastidores da produção
- Direção artística: Gian Carlo Bellotti
- Produção: Anelise Franco
- Direção de gênero: Monica Almeida
- Exibição: Segunda-feira, 8 de julho, após ‘O Século da Globo’
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