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Cosplayers iniciam campanha contra A Força do Querer

Viciado em tecnologia, personagem da novela também é cosplay,

por Redação, em 06/04/2017

Foto: Divulgação/Globo

A página do Facebook Cospositivismo inaugurou uma campanha contra o personagem Yuri (Drico Alves), através do qual Glória Perez pretende tratar do vício em tecnologia na novela A Força do Querer.  Na trama, além de privilegiar a comunicação pela internet, o filho de Heleninha (Totia Meirelles) e Junqueira (João Camargo) também vai adotar a prática de se caracterizar como personagens de ficção.

Com a bandeira "#yurinaomerepresenta", a campanha acusa a autora de tratar o tema, ainda não apresentado na novela que estreou segunda (03), por um viés inadequado. Em entrevista ao UOL, Alexandre Rodrigues Damião, criador do movimento e cosplayer dos personagens Naruto e Fujisaki Yuusuke, justificou: "A campanha não é nenhum ataque de ódio à emissora/novela ou até mesmo ao ator em questão. Só queremos que as pessoas que não conheçam o universo cosplay saibam que é um hobby completamente saudável e que ajuda em inúmeras coisas, como na sociabilização, na integração e no desenvolvimento interpessoal".

Glória Perez já deve estar acostumada com as críticas que surgem antes mesmo que seus temas cheguem ao ar. Semanas antes da estreia de A Força do Querer, conservadores tentaram um boicote contra Ivana. A razão apresentada pelos mobilizadores era que Antonieta Uhebe poderia ficar confusa ao interpretar a personagem de Caroline Duarte na infância. A novela estreou confirmando o que a autora já havia sinalizado: o tema não foi tratado na primeira fase e a atriz mirim apenas surgiu com figurinos escolhidos pela mãe, papel de Maria Fernanda Cândido.

Em 2005, porém, as críticas passaram do limite. Com a revelação de que os rodeios seriam apresentados em América, especialmente através do protagonista Murilo Benício, defensores dos animais ocuparam a página da autora no Orkut com agressões. Segundo a Folha de S.Paulo, foram mais de 8.000 "scraps" (recados) ofensivos, muitos deles com imagens de Daniella Perez morta. A filha de Glória foi assassinada por Guilherme de Pádua e Paula Thomaz em 1992: seu corpo continha 18 perfurações no pulmão, pescoço e coração, provocados por golpes de tesoura.

Na entrevista de lançamento de América, Gloria divulgou carta à imprensa afirmando que a novela previa uma campanha de "bons tratos aos animais". Segundo ela, ativistas da causa ouvidos durante suas pesquisas, mas como a resposta na internet foi "surpreendentemente agressiva e desequilibrada", ela optou por alterar os três personagens que representariam os militantes


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