Autores de Elas por Elas contam bastidores da criação do misterioso Marcos

Elas por Elas apresentou um personagem inédito, que, à primeira vista, parece uma assombração, ao dar a impressão de que Bruno (Luan Argollo) retornou dos mortos. Mas, na verdade, é Marcos, filho do falecido, que morreu 25 anos atrás, ao cair de uma pedra, durante uma viagem em grupo das amigas da irmã gêmea, Natália (Mariana Santos).

“Ele vai aprontar bastante. Sempre se metendo ele e as pessoas ao seu redor em confusão. Ele não é um cara tranquilo”, adianta Alessandro Marson, autor da trama, ao lado de Thereza Falcão.

Na novela original, de 1982, a personagem de Natália, então vivida por Joana Fomm, também era assombrada pela morte do irmão, que tinha certeza ter sido cometido por uma das amigas. No último capítulo, ela descobria que era a culpada pelo ocorrido.

Segundo Thereza, a criação do personagem Marcos, que é exclusivo desta releitura, chega para trazer uma nova abordagem a este crime do passado, ainda a ser solucionado na história.

“É um jeito de trazer a elucidação do crime do Bruno de uma outra forma. Na novela original, quem matou foi a Natália e de um jeito acidental. Agora, decidimos trazer essa investigação de uma outra forma. E o filho dele entra para movimentar”, explica a escritora.

“A chegada do Marcos é para dar uma movimentada neste passado da Natália e de todas as pessoas. Como é para essas pessoas encararem esse cara que é igual ao Bruno, de uma aparência física muito parecida mesmo?”, propõe ela.

E se a aparência física não nega a genética, alguns dos atos de Marcos, em muitos aspectos, também irão lembrar a postura do pai, que, por meio de flashbacks ao longa da trama, se mostrou um jovem de moral dúbia e atitudes contraditórias.

“O Marcos é um menino que foi criado na rua. Foi adotado, mas naquela adoção mais ou menos. Na verdade, foi mais recolhido, sendo criado na casa de um, de outro. Ele é um garoto que se vira. Acho que, talvez, ele tenha mais sentimentos que o Bruno tinha, mas tem uma vertente do caráter do pai”, antecipa a autora.