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Altas Horas: Um século de música com Caetano Veloso e Gilberto Gil

Programa recebe ainda Rodrigo Santoro e Tony Ramos.

por Redação, em 24/03/2016

Foto: Globo/Reinaldo Marques

Um encontro que tem sua grandiosidade devidamente reconhecida pelo público: quando pisam no palco do ‘Altas Horas’, Caetano Veloso e Gilberto Gil são ovacionados pela plateia, com o carinho de quem admira o trabalho desses artistas. Convidados da atração que vai ao ar neste sábado, dia 26, eles presenteiam a todos com ‘Tropicália’, música da abertura de ‘Velho Chico’. Aliás, o protragonista da trama, Rodrigo Santoro, assiste a tudo ali de perto e revela sua admiração. “Acompanho os dois desde moleque, vou a todos os shows, compro todos os discos. É um carinho no ouvido!”, conta. Ao lado dele, também está Tony Ramos, outro admirador. “Que bom esse dia aqui com essas figuras fantásticas”, declara o ator.

Serginho Groisman aproveita a ocasião para relembrar um momento muito especial. Na década de 1970, ele, à frente do centro cultural de um dos colégios mais conhecidos de São Paulo, levou Gil e, depois, Caetano para apresentações na instituição. É quando Caetano Veloso comenta sobre uma das fases mais difíceis de sua vida: “O período no exílio foi muito ruim, uma das piores situações que uma pessoa pode enfrentar. Fui me adaptando, trabalhando, fazendo música...”.

Sobre o início da amizade dos dois, Caetano revela que, em 1963, já acompanhava Gil pela televisão e tinha pedido a um conhecido que os apresentassem. “Ficamos amigos imediatamente!”, conta. A força dessa relação é tão grande que ela tem muita influência sobre suas carreiras. “Nunca imaginei (esse sucesso), até tentei sair desse negócio, achava que podia só contribuir com os amigos, mas Gil disse que, se eu parasse, ele ia parar também. E Gil não pode parar de fazer música...”, brinca Caetano. Este, por sua vez, conta de onde vêm suas inspirações para compor: “Vem de várias coisas... As narrativas vêm de tudo o que é canto”.

Serginho Groisman, Rodrigo Santoro e Tony Ramos. Foto: Globo/Reinaldo Marques

Para homenagear essa dupla, que recebe o Disco de Ouro pelo DVD “Dois amigos – Um século de música”, o ‘Altas Horas’ convidou Alexandre Pires, Baby do Brasil, com o filho Pedro Baby, Emicida e Emanuelle Araújo. Cada um traz um pouco de sua admiração por eles e canta uma música dos artistas. Pires, que, além de muito emocionado, beija os pés de Gil e Caetano, chega com “Vamos fugir”. Baby, comadre de Gilberto Gil, canta o clássico “Menino do Rio”. E, segundo ela, “para nascerem dois músicos iguais a esses, só em 200 anos!”. Emicida chega com uma versão fortíssima de “Haiti”. O rapper, inclusive, conta com a participação de Caetano em seu último trabalho. “Mostro toda semana esse disco pra minha mãe”, diz. E Emanuelle, que canta “Sítio do pica-pau amarelo”, revela que esta música esteve no repertório de seu primeiro show solo, em Salvador, no início da carreira.

Tony Ramos resolve, então, pedir uma canção, a que ele chama de “música de cabeceira”. Caetano prontamente atende ao pedido do ator e embarca em “Força estranha”. Já Santoro, que tem o visual de seu personagem, Afrânio, de ‘Velho Chico, inspirado em Caetano Veloso da década de 1960, tem um desafio maior. Em 2001, data de sua primeira participação no programa, ele disse que a música que tocava seu coração era “Love me tender”. Agora, depois de muita vergonha, ele enche o peito e canta o hit de Elvis Presley, com a ajuda de Caetano, que fez uma regravação deste sucesso em 2004. “Foi afinado do começo ao fim”, disse o cantor. A plateia adorou!

O encerramento fica por conta da energia de “Andar com fé”, com direito a “sambadinha” de Caetano Veloso sob olhar alegre de Gilberto Gil. 

O ‘Altas Horas’ vai ao ar aos sábados, após o ‘Amor & Sexo’.


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