Edson Celulari e Maiara & Maraísa estão entre os convidados.
O palco do Altas Horas deste sábado, dia 27, junta sotaques de vários cantos do país e até de fora dele para uma noite em que a comunicação e as diversas formas de expressão artística são celebradas: Edson Celulari (Bauru/SP); Artur Xexéo (Rio de Janeiro/RJ), Dona Onete (Cachoeira do Arari/PA), Maiara & Maraísa (São José dos Quatro Marcos/MT) e os integrantes do projeto Língua Franca – Emicida (São Paulo/SP), Rael (São Paulo/SP) e Capicua (Porto/Portugal).
E, se teve alguém que soube se comunicar e se tornou um ícone foi Hebe Camargo, que acaba de ter sua vida biografada por Xexéo. “Na minha memória de infância, eu tinha a imagem da Hebe cantora. Ela teve uma frustração quando foi vaiada em um festival quando não imaginava que isso fosse acontecer. Nos últimos anos de vida, ela então voltou a cantar”, lembra o jornalista de O Globo.
Edson Celulari, por sua vez, comenta o sucesso de A Força do Querer junto ao público. O galã diz que a novela “é bem a cara da autora Glória Perez” e traz uma diversidade de temas, para todos os gostos: tem sereia, tem histórias da Amazônia, histórias de Niterói etc.
Vindas do interior de Mato Grosso, as gêmeas Maiara e Maraísa tiveram de pisar forte e acreditar muito que, um dia, conseguiriam ser ouvidas no país todo, como tem acontecido atualmente. “Era muito difícil ver mulher no mundo sertanejo, temos que agradecer muito aos nossos empresários, ao Jorge & Matheus. Agora, tem muitas duplas femininas surgindo, cantoras solo e isso é ótimo. Mulheres unidas jamais serão vencidas”, brinca Maiara.
Para fazer música, Dona Onete saiu do Interior e foi para Belém, no Pará, depois da aposentadoria como professora de história, e lançou seu primeiro trabalho em 2012, aos 72 anos. “Eu preferi me aposentar, ter minhas reservas, pra depois pensar na música, porque a gente sabe que no começo não dá muito dinheiro. Sofri preconceito no próprio meio do carimbó por ser mais velha”, conta.
E já que é pra misturar sotaques, Emicida e Rael resolveram fazer seu rap com um toque português. No álbum “Língua Franca”, eles convidam Capicua, rapper portuguesa, para criar uma música com interação das duas “línguas”. Além deles, Valente, rapper paulistano, também integra esse especial.