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A Força do Querer: Nonato é contratado por Eurico

Silvero Pereira comenta seu primeiro trabalho na televisão.

por Redação, em 08/10/2020

Foto: Mauricio Fidalgo/Globo

Eurico (Humberto Martins) decide contratar um motorista. Preocupado com Silvana (Lilia Cabral), ele acredita que um funcionário de sua confiança ao lado dela o deixará mais tranquilo. E é no capítulo de hoje da edição especial de 'A Força do Querer' que ele conhece Nonato.

O empresário recebe o rapaz em seu escritório, faz algumas perguntas e já mostra de cara que não gosta do cabelo longo do motorista, mesmo estando preso. Nonato não se intimida e mente que o cabelo faz parte de uma promessa, conseguindo a aprovação temporária do chefe.

O que Eurico nem desconfia é que Nonato não é a única face de seu funcionário. Ele é também Elis Miranda, nome escolhido para homenagear as cantoras Elis Regina e Carmem Miranda, e sonha conseguir fazer seu show como transformista.

‘A Força do Querer’ é uma novela de Gloria Perez, com direção artística de Rogério Gomes, direção geral de Pedro Vasconcelos e direção de Davi Lacerda, Luciana Oliveira, Claudio Boeckel, Roberta Richard e Fábio Strazzer.

ENTREVISTA COM SILVERO PEREIRA

O que sentiu quando soube que 'A Força do Querer' seria exibida novamente?

Fiquei muito emocionado com o retorno da novela. Essa é uma obra muito significante na minha carreira, e ter a personagem mais uma vez entrando nos lares dos brasileiros será muito especial. Não esperava rever Nonato/ Elis em tão pouco tempo.

Como você descreveria a Elis Miranda/ Nonato?

Elis Miranda é uma sonhadora, ela quer vencer como artista, ser reconhecida. Entretanto, precisa superar os desafios do preconceito. Então, reconstrói a imagem de Nonato para conseguir trabalhar e juntar dinheiro para ajudar a família e realizar seu sonho. Esse é um personagem cheio de amor, extremamente cuidadoso com as pessoas e que traz o humor como escape de situações ruins.

Pode contar alguma curiosidade das gravações que você lembre com carinho?

A coisa mais significativa para mim nesse trabalho foi estar ao lado de pessoas que sempre admirei como espectador e que, naquele momento, eram meus colegas de trabalho. Humberto Martins foi um grande mestre, tenho profunda admiração e carinho pela forma como ele me ajudou e me ensinou em todas as vezes que gravamos juntos. Outra questão de grande importância foram os fortes laços de amizade com Mariana Xavier e Dig Dutra.

Que cena você tem vontade de rever?

Quero muito rever o show de Elis Miranda e Suellen Pinheiro cantando ‘Fera Ferida’, de Roberto Carlos. Além da letra ser muito forte e uma bela mensagem, eu contracenei com o Maxwell Pinheiro, maquiador da novela. Ficamos muito amigos, e, de repente, estávamos em cena juntos e emocionados.

'A Força do Querer' foi seu primeiro papel na TV, depois de anos se dedicando ao teatro. Qual a importância dessa novela em sua carreira?

'A Força do Querer' me apresentou para todo o Brasil como o artista que sou, minha história de vida. Esse trabalho ultrapassou a tela da TV e fez muita gente ver o Silvero cearense, do interior do Estado, artista, filho de lavadeira com pedreiro e que conseguiu realizar um sonho.

A autora viu você no teatro e criou a personagem a partir de então? Como foi para você essa experiência? Já tinha o desejo de atuar na TV?

Sim! A Glória me assistiu no espetáculo BR-TRANS durante uma temporada no Rio e, logo após o espetáculo, me fez o convite, dizendo que não tinha personagem, mas que iria criar um especialmente para mim. Eu sempre sonhei com o universo da televisão, e a Glória foi uma madrinha muito cuidadosa. Ela escrevia e me observava em cena, depois, foi me dando mais cenas e confiando no meu trabalho. Só gratidão por esse presente.

Como foi compor um mesmo personagem com facetas distintas? O que você trouxe do seu monólogo BR-TRANS para a personagem na trama?

A Glória queria muito mostrar o ator Silvero. Ela falava muito em não criar um estereótipo para mim, e, por isso, quis me mostrar nessas facetas. Pude levar para a novela o meu conhecimento dentro da comunidade LGBTQIA+, minha militância.

Você foi um dos personagens mais comentados ao longo da trama. Como foi a repercussão à época?

Já se passaram três anos e ainda hoje essa personagem reverbera em minha vida. O número de seguidores que tenho nas redes é fruto dessa personagem.

Você também foi Lunga, personagem emblemático do aclamado Bacurau. Qual foi a importância desse papel em sua carreira?

Lunga é um outro marco na minha carreira. Construir uma personagem de cinema, que alcançou tanta popularidade é algo raro no Brasil. Tenho muito orgulho e gratidão por esse momento em ‘Bacurau’.


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